Desenganem-se os mais exigentes: não é o «Moulin Rouge», mas também não compromete. Bem pelo contrário. Até é uma agradável surpresa. Chama-se «Cabaret», é o musical em exibição no Teatro Maria Matos, em Lisboa, e faz da mescla do sangue novo de Ana Lúcia Palminha e Pedro Laginha e da experiência e serenidade de Isabel Ruth e Fernando Gomes o segredo do sucesso. A acção passa-se em Berlim, no início da década de 30, no período que antecede a ascensão Nazi ao poder. Sally Bowles é uma jovem inglesa que trabalha como cantora no Kit Kat Klub e que se apaixona por Cliff Bradshow, um jovem escritor americano, de viagem pela Alemanha, em busca do reconhecimento literário. O resto é o que se suspeita: muita música, muita cor e alguns momentos de intimidades e de quebra de tabus bem arrojados para uma plateia um pouco mais idosa, como a foto que apresentamos documenta. A encenação está a cargo de Diogo Infante, até há um mês o director artístico do Maria Matos, e que foi o responsável pela «captura» de Ana Lúcia Palminha para a pele de miss Sally Bowles, uma actriz/cantora em potência, de apenas 26 anos, e que vai dar muito que falar. Para já, encanta pela representação e pelas glamourosas unhas verdes. O musical vai permanecer em exibição até 28 de Dezembro. O preço dos bilhetes, considerando a qualidade do evento e a duração do mesmo(140 minutos), é bastante honesto.
30 outubro, 2008
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1 comentário:
difícil esquecer o famoso e original filme, a intensa liza minnelli...michael york...oito oscar's...não é o mesmo, mas continua a ser um hino á liberdade, á alegria, á diferença
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