03 setembro, 2008

O partido de um homem só

Há uns, para aí no longínquo ano de 1999, em reportagem na Póvoa de Varzim, num comício de rentrée, a cantora Dina, depois de cantar o hino do CDS/PP, perguntava à plateia junto à praia se «já tinham pensado que PP podia querer dizer Paulo Portas». O ex-jornalista tinha acabado de entrar na cadeira do poder do Caldas e a esperança era muita. A fórmula populista era uma novidade. O erro foi Portas ter pensado que o regresso ao local onde tinha sido feliz, com resultados milagrosos para a real valia do partido, faria com que continuasse a ter a «estrelinha» política». Enganou-se. A lengalenga do PP (leia-se partido e Portas) já não cola. Hoje soube-se que o partido ficou sem vice-presidentes depois da demissão de Sampaio Pimentel. Soube-se também que Nobre Guedes se tinha demitido em Setembro de 2008, mas Portas não tinha dito nada a ninguém. O nome de Guedes foi hoje mesmo apagado do site do partido. O CDS tem a sua morte anunciada. A ideia de fusão com o PSD até não seria de menosprezar.

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