19 setembro, 2008

O alterne na TV

A 15 de Maio de 2001, Portugal testemunhou em directo a entrada dos pais de uma concorrente no reality show da SIC, "O Bar da TV". Uma maratona televisiva polémica que fez levantar várias vozes contra a invasão da privacidade, a violação do direito à imagem e ao bom nome. A Margarida, de Borba, foi gozada em todo o País. A decisão da então entidade reguladora, a Alta Autoridade para a Comunicação Social, foi conhecida quatro anos depois. A SIC foi condenada a pagar 150 mil euros de multa. Uma bagatela. Desta feita, é o «Momento da Verdade» a causar furor. Violência doméstica, traição e corrupção, são os ingredientes de um programa escatológico. Azeredo Lopes, presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social, afasta a hipótese de exigir a retirada do programa, mas não poupa palavras duras, considerando-o «uma forma de prostituição», em que «as pessoas sao aliciadas a vender a sua intimidade por 250 mil euros». Já não seria mau passar das palavras aos actos. Se não há testosterona para banir a excrescência televisiva, então multe-se o operador, exemplarmente. Desde que não seja só em 2012...

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