O verão horribilis de 1988 não se ficou pelo dramático incêndio do Chiado. Ainda mal refeito da tragédia que dilacerou o «coração» da capital, o País receberia no dia seguinte, 26 de Agosto, a notícia da morte brutal de Carlos Paião, um dos mais brilhantes cantores e compositores da época. A caminho de um espectáculo em Leiria, na fatídica Estrada Nacional 1, a viatura onde seguia o artista embateu frontalmente com outro veículo. Dias antes da sua morte, Paião demonstrou ao produtor Mário Martins o desejo de mudar o título do álbum que estava prestes a lançar. Conseguiu o seu objectivo. «Intervalo», chamou-se o disco. «Quando as nuvens chorarem», foi o tema de maior sucesso. Uma arrepiante coincidência.
25 agosto, 2008
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