Na era das tragédias mediatizadas, a catástrofe que assolou a Birmânia é pouco menos do que clandestina. Só quase uma semana depois da devastação provocada pelo ciclone «Nagris» é que a austera Junta Militar começa a divulgar os primeiros dados provisórios de vítimas, depois de se ter negado a autorizar o auxílio da comunidade internacional. Fontes diplomáticas apontam para cerca de 100 mil mortos. Pelas imagens que chegam, parece que nada aconteceu. As imagens que o regime dá luz verde são surpreendentemente dóceis para a brutalidade dos numeros. É assim numa democracia sequestrada, onde a galopante força da estatística, pelo menos por uma vez, vale mais do que as imagens.
07 maio, 2008
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