Bob Geldof é um eterno rebelde. Uma espécie de Bono Vox com mais experiência, que vai tomar o pequeno almoço com os «tubarões» da política e da banca, mas depois diz-lhes na cara o que eles não querem ouvir. Perdeu-me um péssimo cantor, é certo, mas ganhou-se um activista empenhado na luta contra a fome e as desigualdades, sendo o Live Aid o símbolo máximo. Hoje, em Lisboa, Geldof partiu a loiça toda numa conferência patrocinada pelo BES e pelo «Expresso». «Angola é gerida por criminosos (...) as casas mais ricas do mundo do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane, em Londres», foi a bomba lançada pelo ex-lider do Boomtown Rats, que levou ao abandono da sala do embaixador angolano. Quem também se apressou a demarcar-se destas declarações foi o BES de Ricardo Espírito Santo. Convém manter as boas relações com os «irmãos» angolanos, enquanto a torneira não deixar de jorrar o belo do ouro negro.
06 maio, 2008
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