09 janeiro, 2008

O populista que faz perguntas embaraçosas

No primeiro debate mensal do ano, Paulo Portas protagonizou o momento alto da tarde ao questionar Sócrates sobre o valor dos aumentos dos preços de bens essenciais como o pão, o leite ou manteiga. O Primeiro-Ministro tremeu, mas sacou da sua capacidade de argumentação política, alegando que a pergunta do líder do CDS era típica de um populista «e da sua vontade de agradar ao povo, de procurar mais votos». Em Espanha, há uns meses atrás, no programa de TV «Tengo una pergunta para uste», os políticos do país vizinho eram questionados por cidadãos escolhidos aleatoriamente. No caso de Zapatero, perguntaram-lhe: «Quanto custa um café?». O líder do PSOE não hesitou e respondeu 80 cêntimos. Falhou. Em Espanha um café não costuma ser menos que 1,20 euros. Com Rajoy foi a pergunta vinda de um reformado que o atrapalhou. «Quanto ganha?», perguntou-lhe o espectador na plateia, obrigando o líder da oposição a uma pausa nervosa: «É suficiente para chegar ao fim do mês.»
Talvez fosse boa ideia importar este programa televisivo para Portugal.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esse dedito do PP...
E você, NDS, que pergunta faria ao Portas? Deixe-me adivinhar: uma políticamente correcta