01 dezembro, 2007

Em directo, sem nada para dizer

Portugal é de facto um País de gente com memória curta. Uns anos depois de os canais televisivos terem rubricado um pacto para não noticiar com destaque acontecimentos que envolvessem barricados e casos semelhantes, na sequência do caso Manuel Subtil, os canais voltaram a ceder à tentação. A SIC-N passou a tarde num vai e vem entre Telheiras e Carnaxide, enquanto a RTP foi a mais madrugadora, ao fazer o primeiro directo no Jornal da Tarde de um indíviduo que se barricara em casa de uma vizinha a contas com um mandado de detenção, mas de forma um tudo nada atabalhoada. O repórter estava no local, mas não sabia o que estava ali a fazer porque "não tinha conseguido confirmar" se aquilo era uma rusga, um sequestro ou um barricado. Se nao havia notícia para dar, execeptuando o aparato de carros da polícia a cercar o simpático bairro da Horta Nova, não se entende a excitação para fazer o "directo".

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