22 agosto, 2007

O síndrome da pedincha

Pedir esmola em Portugal é uma instituição quase tão antiga quanto a famigerada “cunha”. Trata-se de uma profissão em ascensão, quase um modo de vida para muitos, e que "emprega" milhares de calões que preferem estender a mão a aceitar um ofício que, aos seus olhos, não é edificante e, ainda por cima, miseravelmente pago. Diariamente, pelas ruas das avenidas de Lisboa, é vê-los em pé, estendidos ou prostrados no chão, deambulando de garrafa na mão, uns até decentemente vestidos, outros em completo desalinho e exalando um cheiro nauseabundo. Já não são apenas portugueses, são brasileiros, romenos ou africanos. Um traço comum a todos: a mão estendida. Só varia o pregão: “tem uma moedinha que me dê?”. Seja para comer, para beber ou para a droga. Nevermind. Eu cá recuso-me a alimentar maus vícios. Vão trabalhar, malandros!

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