10 julho, 2007

Atitude competitiva e fiscal

O futebol é um negócio e os futebolistas são mercadoria. Ninguém contesta. Pepe, Nani e Anderson, foram contratados por dezenas de milhões de euros pelos dois maiores clubes do mundo que personificam na perfeição a era do marketing global. O guarda-redes do Sporting, Ricardo, não gostou do que ia desembolsar em impostos e decidiu rumar até à Andaluzia para incorporar-se às fileiras do Bétis, um clube com uma das “aficións” mais entusiastas de Espanha, mas que esteve à beira da despromoção nesta temporada. No outro lado da fronteira, desde 2003 que o fisco espanhol cobra menos aos jogadores estrangeiros. Só a título de exemplo, 180 mil euros é o total pago à agência tributária espanhola por um clube que paga um salário de 500 mil euros a um jogador estrangeiro. Não estamos a defender que os futebolistas de alta competição deixem de ser tributados, mas em matéria de competitividade fiscal e desportiva estamos na cauda. Que o “labreca”, herói nacional do Euro 2004 e do Mundial 2006, tenha “suerte” en la porteria.

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