17 agosto, 2009

O voo do Falcão

Foi santanista, afastou-se por uns tempos e agora regressa à sua "religião", como cabeça de lista da candidatura de Santana Lopes à assembleia municipal de Lisboa. Chama-se Manuel Falcão, tem no curriculum a fundação do «Independente», «Blitz», «Visão» e a direcção do Canal 2 da RTP, para além de redigir todas as sextas-feiras no «Jornal de Negócios» uma crónica que baptizou de «A Esquina do Rio», cujos artigos estão também disponíveis em blog. São, seguramente, das análises mais acutilantes das gazetas que por cá se vendem, mesmo num registo descontraído, com dicas e críticas sobre gastronomia, cidade, lazer e televisão. Sempre o li com prazer. Irei continuar a fazê-lo, mas com um ligeiro travo amargo na boca.

Entretenimento barato e propaganda eleitoral

Explicaram-me que a SIC tem um programa da manhã, que se arrasta penosamente até ao jornal do almoço, dedicado, diariamente, a um concelho de Portugal. Santarém e o mediático edil, Moita Flores, foram as estrelas do dia, entrevistados, muito simpaticamente por Nuno Graciano e Merché Romero. O dito programa, que hoje presenciei por momentos, em directo, tem até uma ridícula série de questões colocadas pelos apresentadores aos autarcas sobre o município que dirigem, do tipo, qual o nome do padroeiro, em que dia se celebra o feriado municipal, etc, etc. Um chorrilho de trivialidades. No fim do programa, ainda sentaram Moita Flores na bicicleta e «surpreenderam-no» (como se ele não soubesse) com a mulher e pela filha, num desenlace que terminou com um longo beijo, bem familiar e para todos verem. A obscenidade em televisão não tem limites, agora fazer propaganda a autarcas, às suas políticas e, pior do que isso, às suas emoções, a 6 semanas de eleições é que já parece algo a roçar a falta de vergonha. À consideração da Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), se os seus membros não tiverem ido todos a banhos.

16 agosto, 2009

Relação ardente

Nem os 35 anos de idade que os separam conseguem extinguir a chama imensa que une o escritor António Lobo Antunes e a jornalista brasileira Raquel Cristina dos Santos. Conheceram-se há 2 meses no lado de lá do Atlântico, ontem o escritor foi esperá-la ao aeroporto com um exuberante ramo de rosas vermelhas na mão e o «CM» afiança que o casamento está para breve. É caso para dizer, parafraseando uma obra do escritor, «Que farei quando tudo arde?».

A histeria

Não subestimo as declarações do director-geral de saúde, Francisco George, que em entrevista ao "DN" afirma que a Gripe A «ameaça paralisar 40 por cento do País», mas já estou como o Pedro Mexia no "Público": «Estamos em plena histeria da H1N1, como se estivesse aí a peste negra, quando os sintomas são, ó inclemência, a cefaleia e a expectoração». Assino por baixo.

A ronda dos empatas


Ninguém se ficou a rir na primeira jornada do campeonato. FC Porto, Sporting e Benfica cederam empates na ronda inaugural. Os campeões nacionais foram travados na Mata Real e Hulk expulso. O Sporting empatou na Madeira e continua sem que qualquer dos seus jogadores marque golos, beneficiando dos golos dos adversários na própria baliza. Na Luz, com 54 mil adeptos nas bancadas, aconteceu uma semi-frustração com o 1-1 arrancado em cima da hora diante do Marítimo. A atitude dos encarnados está a anos-luz da equipa de Quique Flores, mas os campeonatos conquistam-se somando pontos. De preferência três. Entretanto, continua até amanhã à noite a votação que estamos a levar a efeito, no canto superior direito deste blog, sobre quem será o vencedor da Liga Sagres 2009/2010. O seu voto conta.

Recorde ao sabor do reggae



A Jamaica sempre foi sinónimo de Bob Marley, mas muito em breve, pode passar a ser conhecida como o país de onde é natural o homem mais rápido do Planeta. Usain Bolt bateu esta noite o recorde do mundo dos 100 metros nos mundiais de Berlim, com a estratosférica marca de 9,58 segundos, precisamente na mesma pista em que o mítico Jesse Owens, há 73 anos, deu um desgosto a Hitler ao vencer a final olímpica do hectómetro, com 10,03 segundos.

A frase do dia

«Pedi 500 mil euros à "Playboy" para posar nu», José Cid, cantor, entrevista ao «Jornal de Notícias», 16 de Agosto 2009

15 agosto, 2009

Quem descalça esta Bota?

Mendes Bota é o lídimo representante do pior que o PSD, a chamada "tralha" social-democrata, e quando ergue a voz é para «ressuscitar» a regionalização ou para dizer mal do líder, em tom de «peixeirada». Na festa do Pontal, que agora se realiza na Quarteira, a mais de 20 quilómetros do local que dá nome ao convívio, o líder da distrital algarvia protagonizou mais um happening para mais tarde recordar. Sobre nova recusa de Ferreira Leite em estar na festa, disse «não ter jeito para levar duas tampas seguidas da senhora do mesmo bairro». De facto, este PSD não aprende. Os casos Moita Flores e António Preto são paradigmáticos da paz podre que apenas o cada vez mais intenso cheiro a poder pode sanar. Só tiros nos pés, intriga e muita incompetência. Com sorte, Sócrates ainda ganha por falta de comparência da concorrência.