31 outubro, 2009
29 outubro, 2009
Lobo mau e muito ocupado
Esta nunca tinha visto. No habitual programa das quintas, a «Quadratura do Círculo», Lobo Xavier saiu sorrateiramente a meio do programa, ainda por cima gravado, para ir tratar da sua vidinha, deixando Costa, Pacheco e moderador Andrade no mole registo de conversa de café. É o que dá andar num vai e vem entre Lisboa e Porto, gerindo as 24 horas do dia para administrar as 216 empresas onde está metido, ter um escritório de advogados para fazer uns pareceres milionários e arranjar uma horita para uma palestra. Uffff!!!!
Futebol total, golos e negócios
Ninguém pára o Benfica. Dentro de campo e fora dele. Luís Filipe Vieira revela hoje ao «Diário Económico» que as receitas dos encarnados aumentaram 30 por cento fruto do supersónico início de temporada. A equipa joga e marca, logo os negócios acompanham. Aproveitando a onda o Benfica prepara-se para selar contrato com a empresa que lhe der mais euros pelo «rebaptizar» da «Catedral» da Luz. Se o grupo Jerónimo Martins perder a cabeça, corre-se o risco de os benfiquistas verem a sua «casa» chamar-se Estádio Pingo Doce.
Assim mata a mafia
A Itália está em choque após a divulgação do video de um assassinato em pleno centro de Nápoles, no dia 11 de Maio. Um ajuste de contas entre associações criminosas estará na base deste crime à porta de um café do bairro de Sanità, na terra onde está sediada a Camorra. Com a revelação das imagens pretende-se obter informações sobre o homicida. Missão quase impossível. Nestes territórios ocupados só o silêncio impera.
A frase do dia
«O estado a que chegámos é uma espécie de Sporting actual a ser treinado pelo Jesus. Com muitas prédicas do Madaíl aos peixes, padres que gostam de caçar e muitos resíduos da rede eléctrica em curto circuito e Vara larga. O Benfica mudou a sede para a Patagónia para promover o Magalhães...», José Adelino Maltez, politólogo, in Facebook, 29 Outubro 2009
28 outubro, 2009
Os «Sócrates boys»
A divulgação da lista completa dos secretários de Estado reforçam a ideia de que o XVIII Governo constitucional nasce de uma suave remodelação e de subtis troca de cadeiras relativamente ao executivo anterior. Sobressaem os «Sócrates Boys», os tais rapazes que andam sempre por aí e, haja o que houver, nunca são deixados cair. Almeida Ribeiro e Pedro Lourtie, respectivamente o assessor político do Primeiro-Ministro e o seu chefe de gabinete, transitam para secretário de Estado adjunto do chefe do governo e secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Marcos Perestrelo, uma das estrelas em ascensão no universo socialista, vai fazer companhia ao ministro S.S, no Forte de São Julião da Barra, na pasta da Defesa, mais concretamente na secretaria de Estado dos Assuntos do Mar. Finalmente, Valter Lemos, deixa a 5 de Outubro e vai para ali perto, para a Praça de Londres, para exercer funções no Ministério do Emprego. O ex-braço direito de Maria de Lurdes Rodrigues vai ter de arranjar um restaurante-cantina próximo do seu novo emprego para almoçar, visto que a «Valbom», nas imediações da 5 de Outubro, onde religiosamente se dirigia depois das 13h com alguns camaradas de ofício, fica um pouco fora de mão. Para tomar café, Valter sempre tem a «Mexicana». Um valor seguro.
PS: José Junqueiro não foi esquecido. Perdeu-se um deputado trauliteiro, mas ganhou-se um governante para passar o tempo na secretaria de Estado da Administração Local.
Nado-morto do jornalismo
Durou 18 edições a aventura do «Semanário Privado», um jornal que se auto-intitulava de incómodo. Uma espécie de nado-morto do jornalismo nacional. As razões apontadas pelos seus responsáveis são a falta de um «projecto empresarial». Nos últimos anos quem se atreveu a enfrentar a travessia no deserto do jornalismo português, sem qualquer retaguarda empresarial ou outras de natureza oculta, morreu à fome, sem dinheiro, por falta de vendas e publicidade. Apenas o «I» é capaz de aguentar mais algum tempo. O projecto tem qualidade, mas, sobretudo, um poderoso grupo de construção civil, que parece disposto a perder uns milhões para obter contrapartidas e favores políticos.
27 outubro, 2009
Estes elogios o governo vai pagar com juros
À Agência Lusa, Ricardo Salgado, presidente do BES, pronunciou-se sobre o ministro das Finanças:
«Teixeira dos Santos é dos melhores ministros das Finanças que Portugal já teve».
E sobre o novo ministro das Obras Públicas:
«Julgo que [António Mendonça] vai fazer um excelente desempenho. Vamos avançar com as obras que forem possíveis».
O Dr. Salgado não dá ponto sem nó. Por isso, a factura vai chegar a S. Bento muito em breve.
Marcelo procura tecto
E se a profecia de Rui Costa Pinto sobre a possibilidade de a homilia dominical de Marcelo mudar de "catedral" se concretizar?
PS: Marcelo também já aceita participar em tertúlias de «paineleiros» futebolísticos, na defesa do «seu» Braga.Os sinais indicam que temos candidato a Belém.
Redes sociais e pouco produtivas
Um estudo de uma consultora indica que, no último, as redes sociais deram um prejuízo de 1,47 mil milhões de euros às empresas do Reino Unido. Mais de metade dos 1460 entrevistados do estudo admitiu utilizar as redes sociais em horário de trabalho e passar 40 minutos da sua semana a comunicar com os amigos. Com a utilização destas redes, cresceu também a “tentação” de visitar outros sites durante o horário de trabalho, diz a Morse, que acrescenta ter sido criado um “buraco negro na produtividade”. Segundo a Morse, embora algumas empresas tenham proibido o Facebook, o mesmo não se passa com o Twitter e recomenda que sejam criadas directivas de utilização destas redes.
Fonte: jornal «I»
Fonte: jornal «I»
A «Paula Rego» da Luz
Um dia, numa entrevista, Jorge Jesus autodenominou-se a Paula Rego do futebol. Talvez pela forma descomplexada e iconoclasta, não raro polémica, como aborda o futebol em termos tácticos, apostando num jogo de ataque, aniquilando o adversário à primeira oportunidade. Mas o que lhe sobra em conhecimentos futebolísticos, falta-lhe em maneiras e cultura. O seu jeito, a roçar o caceteiro granjeia-lhe muitas simpatias junto dos seus, sendo um autêntico molde para o chamado benfiquista-tipo, e ódios de morte no outro lado da barricada. Ele adora comprar uma boa (ou várias) brigas. O «forno interno», o «super sumo» e os «númaros» são algumas das pérolas com que Jesus nos tem brindado. Ao seu lado, Paulo Bento é um pequeno príncipe.
Se bem se lembram foi Jesus que disse que «o fair play é uma treta». O companheirismo no futebol também, a avaliar pelos inimigos que Jesus vai acumulando. Enquanto for ganhando, será o maior. Quando as coisas correrem menos bem, choverão pedras. À semelhança de Paula Rego, detentora de uma legião de fãs e de detractores, Jesus quer deixar a sua marca e pintar o país, exclusivamente em tons de vermelho. Em Maio veremos que obra-prima conseguiu fazer.
PS: Só pode ser boca. O Benfica procura contratar especialista em linguagem gestual para decifrar o que procura dizer Jorge Jesus aos seus jogadores.
26 outubro, 2009
Conselho de Ministros virtual
«O primeiro Conselho de Ministros do XVIII Governo Constitucional durou hoje cerca de três horas e meia, decorreu sem agenda e foi eminentemente político, disse à agência Lusa fonte do executivo.» Três horas e meia sem agenda definida? Pelo arsenal tecnológico disponível no Conselho de Ministros, adivinha-se que devem ter ocupado parte do tempo a ver videos no You Tube e a dissecar as goleadas do Benfica.
Popularidade divina
Os fenómenos não se explicam. Constatam-se, para de seguida tentar aferir as suas origens. Sobre José Rodrigues dos Santos importa referir, para começar, que é uma máquina de fazer dinheiro. Desde 2002, o jornalista/escritor já vendeu 800 mil livros. É obra. O seu sétimo romance, «Fúria Divina» acaba de esgotar em 48 horas. O tema, o Islão, é polémico, mas é a popularidade do «orelhas» que capta leitores. Imagina-se que o livro da Gradiva será uma das mascotes do próximo Natal. Começa a perceber-se porque é que Rodrigues dos Santos resistiu quando a administração da RTP, liderada por Almerindo Marques, o quis despedir. Parece que o homem pica poucas vezes o ponto, mas o «Telejornal» é sempre o mais visto quando é ele a dar a cara.
25 outubro, 2009
Fora de forma
A formação do Governo não lhe deu descanso e o resultado está à vista. Sócrates fez hoje uma prestação desportiva abaixo do esperado nos 10 quilómetros entre Algés e São Julião da Barra, na Corrida do Tejo. Diz ele que passou a 1h25 da corrida a «conversar»...
«Tenho tido pouco tempo para treinar», mas «a verdade é que dez quilómetros fazem-se bem»», disse. «Agora quero sentir-me em forma», acrescentou, um dia antes de tomar posse.
Sem um pingo de polémica
Gerou-se um levantamento popular contra o anúncio do Pingo Doce. É um facto que a música e a respectiva cantadeira são um pouco irritantes, ainda para mais devido ao número de vezes que o spot passa na rádio e na televisão, mas creio que o debate, uma vez mais, é perfeitamente estéril. O anúncio é genuinamente português, popularucho se se quiser, e com muita vocação emigrante - até podia ser cantado pelo falecido Dino Meira. Mais uma vez, emerge a máxima que qualquer publicitário conhece desde muito cedo, «o importante é falar, mesmo que seja para dizer mal». O impacto está garantido.
Questão para esmiuçar
Os Gato Fedorento terminaram de esmiuçar nos sufrágios. Durante mais de um mês os bichanos, Ricardo Araújo Pereira à cabeça, marcaram a agenda com as suas entrevistas. Umas mais bem conseguidas, outras mais tiradas a saca rolhas. Apenas Cavaco e João Jardim evitaram o pleno político neste programa ao jeito do «Daily Show» de Jon Stewart. Ficou apenas uma inquietante dúvida: daqui para a frente vai ser possível distinguir entre um programa de humor que faz pretensas entrevistas políticas, previamente combinadas, e um programa sério que entrevista políticos?
24 outubro, 2009
A fotógrafa dos famosos
Annie Leibovitz, a fotógrafa dos famosos, continua a ter acesso privilegiado na Casa Branca, mesmo sem ser a profissional oficial do actual presidente. O instantâneo que apresentamos corresponde a uma foto da família feliz captada a 1 de Setembro. Obama cumpre no próximo dia 4 um ano desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos da América.
23 outubro, 2009
22 outubro, 2009
Para dois anos, está bem assim
Para um Governo que pode apenas sobreviver 2 anos e com pouco margem para encentar grandes reformas, está bom assim, terá pensado José Sócrates. Uma ex-sindicalista, uma pianista, uma escritora de livros juvenis e um adepto do investimento público. Estes são os perfis dos novos ministros do Trabalho, Cultura, Educação e Obras Públicas do governo socrático. Oito caras são novas, as restantes oito são demasiado velhas. Há mais mulheres, mas a pandilha que rodeia o grande líder é a mesma. Lacão nos Assuntos Parlamentares é uma escolha pouco ambiciosa. Santos Silva na Defesa, depois de já ter passado pela Educação, Cultura e Asssuntos Parlamentares, dá vontade de rir. O homem é tão polivalente que qualquer dia faz uma perninha no putativo ministério das rendas de bilros e dos tapetes de Arroiolos.
Show linguístico e de bola
Mais um show de bola do Benfica num final de tarde europeia. 5-0 ao Everton para mais tarde recordar. A equipa joga, dá espectáculo e o treinador está nas graças dos sócios. Jorge Jesus, para além da habilidade na condução de homens, tem demonstrado menos perícia no domínio do português. Depois da deliciosa tirada das «questões do forno interno», o técnico encarnado saiu-se hoje no flash interview com um «super sumo», em vez do correcto «supra-sumo». Menos grave que a do forno, mas certo é que Jesus está a precisar de uma reciclagem na língua de Camões. Sugere-se ao director de comunicação, João Gabriel, um às a redigir comunicados à martelada, que dê umas explicações ao «God» benfiquista no final das sessões de treino.
21 outubro, 2009
Mais um que parte
Informa o «CM», em notícia discreta, que o «Semanário» acabou. Mais um título, há muito moribundo, que sucumbe. Parece que os tais investidores-mistério se cansaram de vez. Durou 26 anos e por lá passaram grandes nomes da política e do panorama jornalístico. Nos últimos tempos transformou-se num jornal pouco credível, recheado de cenários e especulações, uma autêntica central de recados, e que vivia à sombra da revista de social, a «Olá», que fazia as delícias dos tios e das tias de Cascais. O último grande «furo», ignorado por quase todos, aconteceu há poucos meses, quando foi o primeiro jornal a noticiar o caso das alegadas escutas entre Belém e S. Bento. Paz à sua alma.
20 outubro, 2009
«Malhar» nos alunos
O ministro S.S. pode continuar ministro, rumando de S. Bento à 5 de Outubro, casa onde já esteve. É o rumor que corre na blogosfera.
Os custos da República
Dizem que o novel site das comemorações do centenário da República custou cerca de 100 mil euros e foi adjudicado, ao que consta, sem concurso, ao designer Henrique Cayatte, personalidade próxima das relações socialistas.
Os dislates de Don Saramago
O eurodeputado social-democrata Mário David (quem é?) exortou hoje o escritor José Saramago a renunciar à cidadania portuguesa por se sentir “envergonhado” com as recentes declarações do Nobel da Literatura sobre a Bíblia. Este cavalheiro, conhecido no mundo diplomático por ser um dos conselheiros de Durão Barroso, teima em dar importância a declarações recorrentes do nobelizado escritor, que até o Vaticano «chuta para canto», que só têm razão de ser por causa do lançamento do seu mais recente livro, «Caim». Saramago mantém-se português no «BI», mas no meio dos negócios é espanhol de pleno direito, e reconhecido e adoptado enquanto tal por nuestros hermanos, desde que se exilou na vulcânica ilha de Lanzarote.
Cavaco «não pode e não deve» ser esmiuçado
Os «Gato Fedorento» levaram uma nega de Belém. Cavaco recusou ser esmiuçado no programa onde apenas ele e Alberto João Jardim, considerando políticos portugueses no activo e jubilados, têm direito a falta. Alega a Presidência que o Chefe de Estado, que se desfaz em elogios aos humoristas, «não pode e não deve» corresponder «ao simpático e correcto convite» das Produções Fictícias. Realmente o tempo não é para brincadeiras. Se lá fosse Cavaco corria o risco, mínimo é certo, não de se enterrar, mas de ser alvo de chacota.Quando se está na mó de baixo convém tentar passar por entre os pingos de chuva, por muito grossos que sejam.
O repórter sempre em cima do acontecimento
O correspondente da RTP na «cidade maravilhosa» mostra que está bem adaptado à realidade brasileira. Em plena reportagem sobre a tensão urbana que está a deixar o Rio de Janeiro a ferro e fogo, João Pacheco de Miranda trata os polícias por «policiais» e a câmara municipal por «prefeitura». Valeu, cara!
19 outubro, 2009
Pó dos livros
Quase 1 ano após o encerramento da que chegou a ser a maior livraria do país, há mais de 100 mil livros a apodrecer dentro do faraónico edifício da Byblos, nas Amoreiras. No Facebook existe um movimento a favor da distribuição dos livros abandonados. «A Bylos lembra-me os quartos das pessoas que morreram e nos quais ninguém quer voltar a entrar e mexer», diz a dinamizadora da iniciativa, Margarida Guerreiro.
É preciso contratar o «bruxo» para dar cabo da aliança ibérica?
«Pelo menos três, no máximo cinco estádios». As declarações de Gilberto Madaíl, na véspera da apresentação da candidatura conjunta de Portugal e Espanha ao Mundial de futebol 2018 ou 2022, são mesmo para termos muito medo. Aparentemente são os espanhóis que assumem as despesas da corrida, mas já se sabe que vai sobrar para nós. Nenhum governo, seja ele de que cor for, vai negar investimentos em estádios ou transportes para proporcionar muito pão e circo ao povinho. Parafraseando uma daquelas tiradas dignas de João Pinto, o ex-capitão do FC Porto, «estivemos à beira do precipício e demos o passo em frente». Se gostam mesmo de Portugal façam figas, se for preciso contrate-se o «bruxo» Pepe, para que esta candidatura não dê certo. Não é um mês de «Prozac» que nos tira da depressão.
Cautela e caldos de galinha
Madaíl estava hoje com um sorriso de orelha a orelha com a qualificação de Portugal para o play-off de acesso ao Mundial 2010 e com o facto de o sorteio ter ditado a Bósnia-Herzgovina no caminho da selecção das quinas. Não sei se a nossa selecção, a avaliar pela amostra, é assim tão superior como se quer evidenciar. Ainda por cima o segundo e decisivo jogo realiza-se em território da ex-Jugoslávia, provavelmente com frio e neve à mistura. Aliás, se as coisas correrem mal Madaíl terá de ser o primeiro, mesmo antes de Queiroz, a apresentar a sua demissão. O edifício da Federação na zona do Rato é moderno, mas o presidente está na cadeira do poder há tempo demasiado. Renovação, precisa-se!
Cavaco é fixe
Para mostrar ao povinho que é um Presidente fixe, como o outro, Cavaco mandou os seus serviços da presidência informar que apreciou um total de 1817 diplomas desde o início do seu mandato, em 9 de Março de 2006, e até ao final da X Legislatura. Dos 1817 diplomas apreciados, 1799 foram promulgados, 324 dos quais aprovados pela Assembleia da República e os restantes 1475 pelo Governo. No mesmo período de tempo, o Presidente da República exerceu o veto político relativamente a 12 diplomas da Assembleia da República, não tendo vetado qualquer diploma do Governo. Cavaco está a revelar-se um economista com imensa queda para a estatística.
18 outubro, 2009
Vai tudo abaixo
Sempre achei que das três denominadas «obras de regime» que a nação levou a cabo na última década, o Euro 2004 foi (e continua a ser) a mais nefasta para o Estado. Derrapagens à parte, a Expo '98 transfigurou uma zona moribunda da capital, enquanto o CCB se tornou uma referência cultural inquestionável. O europeu deixou o país um mês em euforia, uma espécie de «Prozac», mas legou-nos uma pesada factura, aparentemente invisível, mas que continuaremos a pagar: os custos de manutenção dos estádios. Autênticos elefantes-brancos, como o de Leiria, Faro/Loulé e Aveiro. Sobre este último, construído em terra de ninguém, e onde o clube da terra, o Beira-Mar, milita na segunda divisão, o presidente da concelhia de Aveiro do PSD aventou a possibilidade de deitar abaixo o estádio, considerando-o um «fardo» para o município: «Penso que valia a pena avaliar seriamente a hipótese de implodir a estrutura e substituí-la por outra», disse Ulisses Pereira.
Há, de facto, infraestruturas, mais racionais e funcionais, com 10/15 mil lugares capacidade e associadas a áreas comerciais, que envolveriam custos de manutenção bem mais residuais. Só se lamenta que, em pleno festim, ninguém tenha pensado nisso e que o poder político tivesse passado um cheque em branco às autarquias e à construtoras. Para além de lamentar, também se questiona como é que ninguém vai preso. Em Portugal só vai «dentro» quem mata e, de preferência, com requintes de malvadez.
Há, de facto, infraestruturas, mais racionais e funcionais, com 10/15 mil lugares capacidade e associadas a áreas comerciais, que envolveriam custos de manutenção bem mais residuais. Só se lamenta que, em pleno festim, ninguém tenha pensado nisso e que o poder político tivesse passado um cheque em branco às autarquias e à construtoras. Para além de lamentar, também se questiona como é que ninguém vai preso. Em Portugal só vai «dentro» quem mata e, de preferência, com requintes de malvadez.
A frase do dia
«(A asfixia democrática) foi um tiro no pé, foi um erro (...) Para o comum do cidadão falar em asfixia democrática não sabe o que quer dizer. Sinceramente. Eu andei em todo o distrito de Braga, nas feiras e tudo isso. Não fazem qualquer ideia do que é isso. Sabem é que há desemprego, não recebem subsídios da agricultura, o preço do leite desceu. Isso sim, sabem. Sabem de segurança os ourives que são roubados, isso tudo sabem», João de Deus Pinheiro, criticando Manuela Ferreira Leite no dia em que depois de ser eleito renunciou ao seu mandato de deputado, entrevista «CM/RCP», 18 de Outubro 2009
Os «turbo-políticos»
Ficou célebre a expressão «turbo-professores», mas agora surge outra, «turbo-políticos», que promete pedir meças. Sem pretender questionar a capacidade de trabalho destes autênticos malabaristas do tempo, gostava de saber como é que Hermínio Loureiro conseguiu ser deputado e presidente da Liga de Clubes de Futebol durante alguns anos e como é que dentro de pouco tempo conseguirá conciliar o cargo que mantém na entidade que organiza o campeonato de futebol e a nova atribuição de presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis. Justifica ele que Oliveira de Azeméis até fica mais perto do Porto (sede da Liga) do que de Lisboa. Continuo sem ficar convencido. A acumulação de cargos, ainda por cima em entidades com interesses que conflituam, continua a ser uma chaga nacional, sem leis que a trave.
Calou-se a Sanfona
A notícia passou completamente ao lado no rescaldo das autárquicas. Sónia Sanfona perdeu as eleições em Alpiarça e, devido às regras do jogo definidas pelo PS, não estará sentada no Parlamento. Tendo ficado conhecida por por ter sido a relatora da comissão parlamentar do caso BPN, Sanfona fica agora a aguardar que a «máquina» socialista lhe conceda alguma benesse. Uma secretaria de Estado com pouca visibilidade ou a presidência de um institutozinho não seriam hipóteses a recusar.
Magia branca
O «CM» faz na sua edição dominical uma produção digna do tablóide londrino «Sun». Dois repórteres foram até Madrid, no encalço do «bruxo» Pepe, com seguranças e secretária à disposição. Conseguiram uma entrevista em exclusivo com o dito «bruxo», que garante vai aniquilar a carreira de Cristiano Ronaldo «em três ou quatro meses». Suspeita-se que Paris Hilton é a cliente misteriosa que encomendou os serviços a este charlatão.
Guerra urbana
O Brasil é um caso económico e diplomático de sucesso, começa a afirmar-se como uma super-potência muito para além das fronteiras do Mercosul, mas continua a braços com uma complicadíssima situação de descontrolo securitário. O Rio de Janeiro está a ser palco de uma guerra urbana, protagonizada por grupos de narcotraficantes rivais, com alguns dos líderes destes grupos coordenando as operações a partir da cadeia, que procuram conquistar territórios. A polícia revela-se impotente para travar a escalada de violência e viu um dos seus helicópetros ser abatido. Só neste fim-de-semana já morreram de uma dezena de pessoas. Um cenário assustador para um cidade que vai receber uns Jogos Olímpicos dentro de 7 anos.
17 outubro, 2009
Traído por um balão
O insólito aconteceu no jogo da Liga inglesa entre o Sunderland e o Liverpool. Um adepto da equipa da casa atirou um balão vermelho, com o símbolo dos «reds», para dentro do relvado e acabou por trair e confundir o guardião Pepe Reina, que viu a bola, a verdadeira, rematada por Daren Bent no fundo das suas redes, após ressaltar num seu colega. O árbitro validou o golo perante os protestos dos jogadores do Liverpool. O Sunderland venceu o desafio por 1-0.
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