05 outubro, 2009

O candidato da «vichyssoise»

Se a carreira política de Cavaco terminar no final do primeiro mandato presidencial, as eleições para a corrida a Belém no ano 2011 arriscam_se a ser um duelo entre Alegre e Marcelo. Entre um poeta e um resistente contra a ditadura e um académico de mérito, também conhecido por ter mnergulhado num Tejo encardido e por dar umas petas.
O episódio da «vichyssoise» fica para os anais. Este prato ficou mais conhecido quando, há uns anos atrás, Paulo Portas resolveu contar na televisão uma história sobre Marcelo Rebelo de Sousa. Rezava então o jornalista do «Independente» que certo dia procurou saber junto do professor como havia decorrido determinado jantar restrito. Marcelo descreveu-lhe todos os pormenores: quem lá estava, o que haviam falado, até o que haviam comido. Dizia Paulo Portas que Marcelo chegou ao ponto de lhe referir o detalhe da refeição ter começado por uma «vichyssoise». Afinal, soube-se mais tarde que o jantar fora adiado e que não houve «vichyssoise» alguma. Assim acabou a segunda AD, mesmo antes de ter sido constituída.
A conjuntura é, contudo, favorável a Marcelo. Se prevalecer nas urnas o encanto dos portugueses por «encantadores de serpentes» e mentirosos profissionais, vencerá o académico.

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