É oficial. Qual Fénix renascida, Santana Lopes strikes again para mais um «entusiasmante» desafio, a disputa da Câmara de Lisboa. Depara-se é com um pequeno problema: por decisão de Manuela Ferreira Leite, os candidatos do partido a presidente de câmara não integrarão as listas de deputados porque as eleições legislativas e autárquicas «serão em dias muito próximos». Conclusão: ou Santana derrota Costa ou passará, exclusivamente, a fazer política a partir do seu minúsculo escritório de advogados e nas páginas dos jornais.
16 dezembro, 2008
Já estamos a prever o fim disto
Advogado José Maria Martins pede pena suspensa para Carlos Silvino, Agência Lusa, 16 Dezembro 2008
Chutar para canto
Já lhe chamam a «Operação Fátima». A 48 horas da tentativa de milagre diante do Metalist para a UEFA, jogo em que o Benfica precisa de golear por 8 e esperar uma conjugação de resultados entre os outros adversários, a nau benfiquista dá sinais de instabilidade. Cardozo demonstra descontentamento por aquecer o banco encarnado e o até há semanas inatacável Quique já diz no «Record» que admite o segundo posto: «ir à Champions se possível com o título». O pior é que o êxito ou o fracasso do pontapé na bola tem inúmeros negócios associados. Se a bola não entra na baliza, o canal Benfica será um tremendo flop. E os dirigentes sabem disso.
Os atributos linguísticos de Lino
Depois do determinado «Jamais» para rejeitar a margem sul como «local de aterragem» do futuro aeroporto de Lisboa, Mário Lino voltou hoje a demonstrar os seus dotes linguísticos. No lançamento da linha de Gondomar do Metro do Porto, o ministro classificou o investimento como «urgente», mas que é preciso tempo e dinheiro para concretizá-lo: «é uma questão de "time e de money"». Haja quem saiba inglês, e já agora de contas, no executivo...
Entretanto, fica para os apreciadores dos «Gatos», um «rebuçado» sobre o «Rap do Pino Lino», um dos números mais conseguidos da série «Zé Carlos».
O choque hídrico
Parte da cidade de Odivelas esteve desde as 5 da manhã privada de abastecimento de água. Um cenário que, dizem os moradores, é frequente, digno de um país terceiro-mundista, precisamente no dia em que o Primeiro-Ministro veio ao jovem concelho às portas de Lisboa requerer o moderno e «simplex» Cartão do Cidadão. Um verdadeiro choque hídrico...
O jogo da sapatada
O epílogo dos anos tem o condão de gerar acontecimentos inusitados. Há 2 anos foi o enforcamento de Saddam Hussein, visto em diferido e até à exaustão em todo o mundo, filmado por um indiscreto telemóvel. Há um par de dias, foi o menos previsível, mas mais divertido, lançamento de um par de sapatos ao presidente americano. Como não podia deixar de ser, terreno fértil para a explosão da imaginação na web. O joguinho que a seguir apresentamos é coisa para arruinar a produtividade de qualquer funcionário durante um dia de trabalho. Experimente jogar. Mas antes de iniciar, pense no seu patrão.
BUSH SHOE THROWING GAME
BUSH SHOE THROWING GAME
Soares pinta quadro negro sem se referir a Sócrates
A CRISE E OS MILHÕES
«(...)Portugal também não deve ficar indiferente. Com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na Justiça, e em especial, do Ministério Público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom. Oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do País, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir. Acrescenta-se o radicalismo das oposições, à esquerda e à direita, que apostam na política do "quanto pior melhor". Perigosíssima, quando não se apresentam alternativas credíveis...França, Espanha, Portugal e outros Estados membros não são a Grécia, é verdade. Cada país é um caso. Mas a União Europeia não está a ajudar nada. O plano aprovado na última cimeira não passa de um paliativo: injectar dinheiro nos bancos e nas grandes empresas, para que tudo - de essencial - possa ficar na mesma. Sem ter em conta o grande descontentamento e a grande desconfiança que os provocam sem esclarecer satisfatoriamente as opiniões públicas, sem transparência, sem uma visão estratégica, coerente e concertada dos 27 Estados quanto ao que é necessário fazer, para assegurar a mudança(...)»
Fonte: Mário Soares, «Diário de Notícias», 16 Dezembro 2008
«(...)Portugal também não deve ficar indiferente. Com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na Justiça, e em especial, do Ministério Público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom. Oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do País, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir. Acrescenta-se o radicalismo das oposições, à esquerda e à direita, que apostam na política do "quanto pior melhor". Perigosíssima, quando não se apresentam alternativas credíveis...França, Espanha, Portugal e outros Estados membros não são a Grécia, é verdade. Cada país é um caso. Mas a União Europeia não está a ajudar nada. O plano aprovado na última cimeira não passa de um paliativo: injectar dinheiro nos bancos e nas grandes empresas, para que tudo - de essencial - possa ficar na mesma. Sem ter em conta o grande descontentamento e a grande desconfiança que os provocam sem esclarecer satisfatoriamente as opiniões públicas, sem transparência, sem uma visão estratégica, coerente e concertada dos 27 Estados quanto ao que é necessário fazer, para assegurar a mudança(...)»
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