21 dezembro, 2007

Presentes envenenados

A EMEL, uma das empresas municipais mais aflitas em termos financeiros, quis «cumprir com a tradição» e distribuiu o habitual cabaz de Natal por várias dezenas de pessoas. Em período de vacas magras, onde nem dinheiro há para ligar as iluminações de Natal na Avenida da Liberdade, a gracinha da EMEL saiu cara porque os vereadores do «contra», os tais que não se deixam vender por um prato de lentilhas, Helena Roseta e Manuel João Ramos, devolveram os referidos "regalitos" à procedência. Um gesto político que se saúda. Sinal menos para o presidente de Câmara. Ou será que este cabaz já é pago pelo empréstimo milionário contraído pela autarquia?

Quem tem medo do "bicho-papão"?

A petição anónima que corre na Internet contra as proibições impostas pela ASAE já ultrapassou as 14 mil assinaturas. O "bicho-papão" de que todos parecem fugir a sete pés continua a atemorizar as consciências mais pecaminosas. Mais uma prova de que é um esforço hercúleo querer combater, mesmo à custa de algum show off, práticas ancestrais e ultrapassadas na confecção e conservação de alimentos e produtos sucedâneos. Desde Janeiro de 2006, a ASAE fiscalizou mais de 62 mil estabelecimentos, instaurou 17,7 mil contra-ordenações e apreendeu material no valor de 65,5 milhões de euros.

Uma anedota muito gira

Como diria o Serafim Saudade, vou contar-vos uma anedota daquelas muito giras, particularmente apropriada para o período natalício. Querem? ok? Aqui vai:
Este ano não há presépio:
- a vaca está louca, não se segura nas patas;
- os Reis Magos não podem vir porque os camelos estão no governo;
- o burro está na escola a dar aulas de substituição;
- Nossa Senhora e S. José foram meter os papéis para o rendimento mínimo;
- a ASAE fechou o estábulo por falta de condições;
- o tribunal de menores ordenou a entrega do Menino Jesus ao pai biológico.