12 fevereiro, 2009

Hollywood pisca o olho a Bollywood

Não me considero um cinéfilo compulsivo, nem tenho pretensões de ser um «Lauro Dérmio» de trazer por casa, mas creio que há cerca de uma década que não é consagrado no profano altar de Hollywood um filme que se diga de primeira água. «Chicago», «Crash» e «Este País não é para velhos», são alguns dos filmes laureados que estão bem longe de ficar na nossa memória ad eternum. «Slumdog Millionaire» ou «Quem quer ser bilionário?», em mais uma estapafúrdia tradução à lusitana, arrisca-se a ser mais um a engrossar essa lista. Candidato a 10 óscares (10???importam-se de repetir???), trata-se de um filme entretido, mas sem a chama suficiente para ficar na História. Com as audiências da cerimónia dos óscares em crise, Hollywood eleva as expectativas em relação ao número de estatuetas douradas que esta produção da mega-indústria de Bollywood pode recolher, para poder ter um novo público, o imenso mercado indiano, diante dos ecrãs na noite mais aguardada da sétima arte. Não digo que se forem ver e até gostarem, lhes devolverei o dinheiro do bilhete, mas francamente não recomendo. Pelo menos, vivamente. Ridícula a cena final de dança na estação de comboios de Bombaim, quase a fazer parecer o «Triller» de Michael Jackson, mas sem mortos-vivos. E a frustração aumenta quando soa a música do «Quem quer ser milionário» e não é o Jorge Gabriel que lá está para distribuir o cheque..

Boxe só no ringue

Terminou mais uma sondagem realizada pela «Civilização». Nem com a selecção a jogar da maneira que o está a fazer, os portugueses ficam saudosos de Scolari. Como diria um amigo meu, quiçá um misto de inveja e xenofobia, levou 9 leitores, que ousaram votar, a optar por ver Felipão e o inseparável Murtosa de volta ao Rio Grande do Sul. 8 dos que participaram não querem vê-lo de regresso ao banco da selecção das «quinas» e apenas 1 gostaria de tê-lo de novo a comandar a equipa de todos nós, reagindo com um valente uppercut à investida de um qualquer sérvio mais afoito.

Joaquin «Unabomber» Phoenix



O veteraníssimo David Letterman deve ter tido uma das entrevistas mais surreais da sua carreira. O actor Joaquin Phoenix, 34 anos, famoso pelos seus papéis, nomeadamente em «Walk the line», protagonizou uma bizarra conversa com o apresentador da CBS, já para não falar do seu aspecto miserável, bastante parecido com o «Unabomber», que aterrorizou a América. Joaquin deixou o cinema para enveredar por uma carreira de música de hip-hop, mas os boatos sobre a sua insanidade mental cresceram com a prestação desastrosa no «Late Show», um dos programas mais vistos pelos americanos. O video disponível YouTube permite ter a dimensão da hecatombe do actor que recriou, na perfeição, Johnny Cash, também ele uma estrela com uma ascensão meteórica e queda violenta. Não percam o pormenor da pastilha elástica colada à mesa do apresentador, quase no fim da entrevista.

A primeira dama do vestido fucsia

«A primeira dama que o mundo estava à espera», é a chamada de capa da revista «Vogue» do mês de Março. Michelle Obama, herself, é retratada pela fotógrafa Annie Leibovitz, usando um vestido fucsia sem mangas do estilista de origem tailandesa, Jason Wu.

O sucessor

Neste momento, Cristiano Ronaldo só é o melhor futebolista do mundo no papel. Já perdeu o trono para Lionel Messi, que encanta na selecção e no seu clube, com uma regularidade impressionante. Ontem, fez mais um slalom «maradoniano» no segundo golo marcado pela Argentina à França, em Marselha. Maradona, o original, assistiu, maravilhado, no banco à magia do seu sucessor e pupilo.

Quem quer ser milionário, ganhando 5 mil euros?

Na demagógica argumentação dos ricos e dos pobres, Sócrates informou os portugueses que ganha 5 mil euros por mês, no desempenho das suas funções de «Presidente do Conselho». Na «Quadratura do Círculo» de logo à noite, Pacheco Pereira considera que não é com 5 mil «aéreos» que se faz a vidinha «vestindo Armani e viajando até ao Quénia para safaris». Se Sócrates ou a sua entourage responderem, vão falar de declarações «insultuosas», no âmbito da campanha negra. As dúvidas e as «pontas soltas» continuam.