05 março, 2008

A frase do dia 1

«Hoje, há um absoluto desprezo pela vida humana. Dispara-se a matar», José Manuel Anes, investigador, na revista «Visão», 6 de Março de 2008

A frase do dia 2

«Há um silêncio cúmplice no PS para com Paulo Portas», Ana Gomes, em entrevista à «Visão», 6 de Março de 2008

Queluz de Baixo -3 Carnaxide -0

No campeonato televisivo, a SIC obteve no ano passado menos 30 milhões de euros em publicidade do que a líder de audiências TVI. Os espanhóis da Prisa, detentora do canal de Queluz de Baixo, que façam uma estátua ao Moniz e aumentem-lhe o vencimento. O homem merece, pá!

Alô Presidente!!!

Soube-se hoje que o número 2 das FARC, abatido no fim de semana pelas tropas colombianas, foi localizado algures na selva devido à intercepção por parte dos serviços secretos de uma chamada telefónica entre Raul Reyes e Hugo Chavez. O presidente venezuelano, autor, apresentador e entertainer único de um programa que dura 8 horas no canal estatal, chamado, ironia do destino, «Alô Presidente», devia ter mais cuidado com as escutas que por lá (também) se fazem.

YouTube TV

O YouTube prepara a criação de um canal televisivo. O site, que alberga cerca de 73 milhões de videos, é a segunda página mais visitada da internet a nível mundial.

«Good night and good luck»

Os políticos de plástico e telecomandados não param de surpreender. No encerramento do seu debate com Rajoy, Zapatero despediu-se com um «buenas noches e buena suerte», acompanhado por um rasgado sorriso. Hoje, explicou o seu acto em nome da «liberdade de expressão». «Good night and good luck», era também a forma como se despedia o jornalista americano Ed Murrow no seu programa semanal «See it all», uma das vítimas da perseguição na caça às bruxas durante o McCarthysmo. A imaginação dos spin doctors que rodeiam os políticos não tem limites. O que se seguirá, depois do já estafado, mas inovador, «Yes we can», da autoria de Obama?

Narradores para a «jarra»

É confrangedor o medo que se apoderou da maior parte dos jornalistas(?) que narram os jogos de futebol envolvendo os «grandes». No fim de semana, Miguel Prates, na Sport TV, não queria admitir o que todos viam - o penalty cometido por Léo sobre Vuckcevic. Esta noite, no FC Porto - Schalke 04, Manuel Fernandes Silva, na RTP, ficou em silêncio ao ver o guarda-redes Helton jogar a bola fora da área, num lance, segundo a lei, de expulsão. Felizmente, em ambos casos, os comentadores sairam em socorro dos bloqueados (?) jornalistas, confirmando o que os olhos do comum dos mortais observavam. Já que estes «artistas» da narração tardam em ser enfiados na «jarra» das respectivas redacções, a única solução é fazer como Artur Jorge, ligar a música clássica e desligar o som da televisão. A sanidade mental ficará garantida.

Too close to call

Depois do polémico anúncio da campanha de Hillary, a CNN lançou hoje o debate «who should take AM White House call?». Para já, é Barack Obama que lidera a contagem de delegados, pese embora a derrota de ontem no Texas e no Ohio. Hillary Clinton ressuscitou, politicamente falando, neste vibrante e competitivo campeonato que são as eleições americanas. A Pensilvânia, em Abril, pode decidir quem vai chegar primeiro à convenção democrata no Verão. Com os candidatos numa luta «neck and neck», e com algumas sondagens a falharem, é caso para dizer que prognósticos, do lado democrata, só mesmo no fim.