14 outubro, 2008
Orçamento virtual
A antecipação em um dia da entrega do OE 2009, baralhou os planos do Governo. Previsto para as 4 da tarde, a cerimónia simbólica em S. Bento da entrega da pen drive com o conteúdo integral do OE a Jaime Gama, foi adiada para as 19h30, alegadamente por um «problema operacional», vulgo informático. Teixeira dos Santos lá falou, depois das 20h30, das linhas gerais do documento, mas do OE, em versão integral, nem vê-lo. Nem no site do Ministério, nem na posse dos próprios deputados, que falam em «mistério». A esta hora, o site das finanças ainda tem em agenda a conferência de imprensa marcada para as 18 horas, quando esta acabou por realizar-se, 2h30 depois. Ao seu estilo, Medina Carreira, apelidou esta farsa de «burla comunicacional». Se me permitem a achega, creio que estamos mais perante um «flop tecnológico». Pressinto que o «chefe» ficou chateado com esta incompetência operacional. Alguém vai levar uma "descasca"...
Natal antecipado
Com um forte travo eleitoralista, o Orçamento do Estado 2009 mais parece ter sido redigido por um qualquer Pai Natal da Lapónia. Actualiza os salários da função pública em 2,9 por cento, desce em 5 por cento as cadeirinhas para crianças e alivia a carga fiscal das PME. Esta nova arquitectura fiscal representa, segundo o ministro das Finanças, uma perda de receita na ordem dos 170 milhoes de euros para o pobre Estado. «Ajudar a economia, as famílias e as empresas» é, segundo Teixeira dos Santos, o objectivo principal do OE 2009. Onde é que andava o espírito solidário e socialista deste Governo? Afinal sempre há vida para além do défice. Só se lamenta é que apareça apenas em véspera de eleições.
O Major, o ex-assessor e a varinha mágica (A Sequela)
Pela torrencial polémica que nasceu quatro posts abaixo deste, impõe-se a publicação, com a devida vénia, da capa do livro que será amanhã apresentado na cidade do Porto, da autoria de Nuno Nogueira Santos. Partindo do pressuposto que a literatura light está na moda, não temos dúvidas em afirmar que a prosa vai ser um rotundo sucesso.
Fartar vilanagem
Ninguém tem muitas dúvidas que o Estado é perdulário, mas a divulgação das suas contas vem pôr a nú a crua realidade dos factos. Só para dar alguns exemplos de gastos excêntricos, pode dizer-se que o Ministério da Justiça gastou 22 mil euros em carpetes, a Câmara de Gondomar (desculpe lá, mas esta não é para si, caro Nuno Nogueira Santos, é mesmo para o tipo com a patente) 70 mil euros em serviços de restauração e, the last but not the least, o gabinete do Primeiro-Ministro estafou 7 mil euros em vinhos para oferecer. Está tudo em http://www.base.gov.pt/. O melhor talvez seja tomar um comprimido antes de ler a lista de desmandos estatais.
Subscrever:
Mensagens (Atom)