06 outubro, 2011
A penosa pré-reforma de Jardim
A sondagem da RTP aponta para que o PSD perca a maioria absoluta nas eleições de domingo, na Madeira. Seria histórico, o princípio do fim do regime jardinista. A «culpa», segundo os mesmos estudos, seria do CDS do mediático José Manuel Rodrigues, a roçar os 20 por cento. Ao ver as imagens da campanha transmitidas pelas televisões do continente observa-se um Jardim acossado. Mantém a pose de actor, mas não disfarça o incómodo, alguma fragilidade, até. Ainda para mais no seu terreno, no terreno onde é rei e senhor há mais de 30 anos. Ele diz que «adora» as provocações, mas começam a ser demasiado insistentes os gritos de «ditador» e «aldrabão». Será que Jardim estará preparado para governar, ainda para mais com o plano de austeridade que se prepara, e ficar à mercê da oposição na assembleia legislativa regional? Imagino que agora estará arrependido de não ter entregue, há um par de anos, o poder de bandeja a um dos tais propalados «delfins». Saia por cima. Em grande, como agora se diz. Só que o poder vicia. Vai ser penosa a pré-reforma do líder madeirense.
Sim, seguramente, culpados. Não, talvez, porventura, eventualmente. Na dúvida, inocenta-se
Não tenho formação jurídica, mas confesso que o caso Amanda Knox começa a cheirar a esturro. Se cá os juízes estão proibidos de abrirem a boca, em Itália os senhores magistrados podem até manifestar livremente à imprensa os seus estados de alma sobre o processo. Foi o que aconteceu com Claudio Pratillo Hellmann, o juiz que inocentou Knox e Solecito na passada segunda-feira, que hoje revela «até pode ser que ambos sejam responsáveis pela morte de Meredith, só que não há provas. A sentença diz que ficam livres porque não cometeram os factos que lhes eram atribuídos. Mas esta é a verdade processual, não a real. A verdade real pode ser distinta». Confusos? Eu também. Prevaleceu, portanto, o "in dubio pro reo". Mas confesso que não entendo o motivo pelo qual há menos de 2 anos o tribunal de Perúgia não teve dúvidas em mandar os jovens mais de duas décadas para a cadeia. Se isto acontecesse em Portugal, provavelmente o edifício judicial implodiria em três tempos.
Morreu o «smartJobs»
Um visionário, um «Leonardo da Vinci» dos tempos modernos. Os adjectivos abundam para qualificar o cérebro da Apple, a empresa que mudou a nossa forma de estar no mundo. Steve Jobs morreu hoje, após 7 anos a lutar contra um cancro no pâncreas. Lembrem-se dele quando abrirem esta manhã o vosso Mcintosh ou passarem os dedos pelo Iphone. Gone too soon.
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