04 janeiro, 2013

SOS catástrofe

O opus dei Mota Amaral é tradicionalmente um político discreto. Histórico social-democrata dos Açores e ex-presidente da Assembleia da República escolheu um modesto jornal da sua ilha, o «Correio dos Açores», para desancar no governo: «A situação geral do país em vez de melhorar, como o Governo promete e todos desejaríamos, tem vindo a degradar-se e basta ter os olhos abertos para comprovar o alastramento de uma verdadeira catástrofe».  Elucidativo. Acontece que em política pura, «catástrofe» é sempre eleitoral, nunca é do povo que passa fome. Mota Amaral, e muitos laranjinhas, estão apreensivos com o duche escocês que o PSD vai levar em Outubro próximo, nas autárquicas. A menos que a troika constituída por Passos, Gaspar e Relvas caia lá para a Primavera. Se assim for, o PSD recompunha-se e podia recuperar câmaras que neste momento estão quase irremediavelmente perdidas para o PS. Será que estamos em pleno Processo Revolucionário Em Curso (PREC) no partido do poder?

O adeus do mestre das «caneladas»

João Gabriel, director de comunicação do Benfica, cessou funções na Luz, após vários anos no exercício de funções e em que deu muitas vezes o corpo às balas por Vieira. A notícia, discreta, surge hoje numa «caixa» no Correio da Manhã, em forma de agradecimento aos bons préstimos deste ex-jornalista que nos habituou a protagonizar memoráveis «caneladas», orais e escritas, visando os rivais do Dragão e de Alvalade. A notícia não explica, mas a coisa soa a imposição de José Eduardo Moniz, um galo agora a tempo inteiro no poleirinho das águias. Moniz também é gajo para dar umas boas «caneladas» aos inimigos, não achamos é que esteja disposto a enlamear-se como Gabriel fazia. A ver.

Estranha forma de vida...

«Entroikados» foi votada a palavra do ano de 2012. Estes portugueses e a sua estranha forma de vida está sempre presente em tudo. Metáforas e eufemismos para evitar dizer fornicados...