17 novembro, 2009

Em nome das solidariedades socialistas

As solidariedades socialistas são para as ocasiões e arranjaram dois dos melhores advogados da nossa praça, para defender o pai e filho Penedos. Talvez nem seja preciso tanta qualidade na arte da argumentação dada a inépcia da nossa Justiça em apurar a verdade em tempo útil, mas Galvão Telles e Sá Fernandes apresentaram-se ao serviço, como causídicos veteranos, prontos para o que der e vier. «Nem que seja preciso estar aqui até à meia noite», como disse o advogado do caso Casa Pia à porta do DIAP de Aveiro.

Ocos e provincianos

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o quarto na hierarquia dos eleitos, encontrou-se com o sonso do PR, em Belém. À saída, com o ar e a atitude provinciana que o caracterizam, nada disse, escudando-se em não querer «pessoalizar, personalizar e individualizar» (sic) os casos da Justiça que «passou em revista» com Cavaco. Uma tirada oca, como o próprio, ao nível da frase dos documentos que ia recebendo às «bochechas» (sic). Definitivamente estamos entregues aos bichos. Um dia ainda se vai contar a verdadeira história de como chegam estas aves raras aos lugares que ocupam.

O teste e a dúvida

Mais um teste em perspectiva para a ministra e para a vacina da gripe A. O episódio de domingo em Portalegre foi apelidado de «circunstancial». O que se dirá deste no Hospital da CUF? Começo a duvidar que esta vacina tenha passado os testes todos até ser usada.

A face visível de Sócrates

O Platonismo Político chama-lhe «raridade», eu acho que é mais o momento hilariante do dia. É a face visível do nosso «primeiro».

Comissão de boas-vindas ao estilo bósnio

No dia em que se soube que o desemprego roça os 10 por cento, a comunicação social anda entretida com a algazarra de meia dúzia de bósnios na recepção da comitiva portuguesa em Saravejo. Confirma-se que só houve umas cuspidelas e uns insultos. Ninguém agrediu ninguém e a avaliar pelas imagens os jogadores portugueses até estavam sorridentes. Já estou como o «paineleiro» do Sporting, Dias Ferreira: em Portugal, acontecem coisas bem piores e ninguém diz nada. Pelo drama gerado, é melhor nem pensar na ressaca no caso de sermos eliminados por estes quase bárbaros da ex-Jugoslávia.

A frase do dia

«Não me lembro de uma crise de regime tão grave e ele (Cavaco) está fechadinho em Belém», Manuela Moura Guedes, jornal "I", 17 Novembro 2009