12 março, 2009

«Magalhães» africano

O «nosso» Primeiro-Ministro é um desnaturado. No dia do quarto aniversário do seu querido governo, o líder do executivo, ignorou os portugueses que o elegeram e voou com uma vasta comitiva para Cabo Verde, no dia imediatamente a seguir a ter recebido com todos os salamaleques o «Zédu» angolano. Sócrates está mesmo na sua fase «United Colors of Benetton». Nada de comemorações. Trabalho em prol do país, como fez questão de sublinhar. 12 mil computadores «Magalhães» seguiram na bagagem. Não fosse o avião fretado pelo Estado português, arriscaria a dizer que a multa pelo excesso de bagagem seria a doer.
PS: Parafraseando a líder da oposição, o «intervalo publicitário», iniciado em 2005, prossegue durante mais uns meses. Pelo menos até Outubro. Saúda-se a crescente imaginação dos criativos do PSD. A mensagem começa a passar. Tememos é que já seja tarde demais. Além disso, os portugueses sempre foram grandes consumidores de anúncios em série.

Confissões do «homem do palavrão»

O «homem do palavrão», como simpaticamente a «Sábado» define José Eduardo Martins no perfil que lhe traça na edição de quinta-feira, é mais um «cromozito» da nossa temível equipa parlamentar. O deputado do PSD, que ficou famoso por ter insultado um seu colega da bancada socialista, afirma à revista que o seu sotaque «à Viseu» se deve a «um desvio no septo nasal» e não esconde que é «muito vaidoso». O ex-secretário de Estado do Ambiente confidencia ainda estar a «pensar fazer um blogue». Mais um concorrente, dizemos nós. Se Martins não tiver nome para baptizar o seu futuro «rebento» virtual, aconselhamos o «assassino» título do artigo da revista: «Sou bruto. E então?».

Clima e superstição

Se Janeiro foi o mais chuvoso das últimas três décadas, Março promete ser dos mais quentes dos últimos tempos. A fazer lembrar um ano, algures na década de 90, em que as temperaturas roçaram semanas a fio os 30 graus. O disparar dos termómetros reflectiu-se de imediato. É vê-los e vê-las à fresca, em poses veraniegas, pelas cosmopolitas ruas da capital. Só que no calendário ainda faltam 8 penosos dias até ao início da Primavera. Os deuses e o clima devem estar loucos, para gáudio do negócio global de Al Gore e a sua «verdade inconveniente». Eu cá não sou supersticioso, mas amanhã, por acaso, até é sexta-feira, 13.

Entra e sai

Prova de que a política é um entra e sai constante, desde 10 de Março de 2005, data da tomada de posse do Parlamento eleito nas legislativas, registaram-se 244 subtituições - um número que supera mesmo os deputados com assento parlamentar, 230. Razão tem Medina Carreira na comparação que fez entre as «casas de mulheres de má vida» e os partidos políticos. Também lá, como no Parlamento, a rotatividade é grande. Difícil é mesmo sentá-los...