14 janeiro, 2013

Carrie e Brody

Atirem foguetes, chamem palhaços e acrobatas. Acabei de ver a minha primeira série completa. Trata-se de «Homeland», cuja segunda série terminou em Portugal a semana passada. Ontem foi mais uma noite de glória nos Globos de Ouro, confirmando-a como a série mais aclamada da actualidade.
Foram 24 episódios de uma história, aparentemente banal, que mete serviços secretos, terrorismo e um amor improvável, mas em que o guião e especialmente o desempenho de Claire Daines e Damian Lewis deram um brilho inusitado. Mas é da loura que quero falar. Chama-se Claire, tem uns bem apessoados 33 anos e é atriz de profissão. Foi mãe há poucas semanas. Sei que interpretou a Julieta em «Romeu e Julieta», mas é na série da HBO «Homeland» que me tem feito ficar de beicinho. Já não sei o que dizer. Deixou-me «KO». Fiquei contra as cordas. Na minissérie ela é uma agente da CIA, pessoalmente solitária, viciada em trabalho e obcecada em denunciar um alegado herói da pátria americana, que afinal é um terrorista em potência, convertido ao islamismo radical. Para apimentar ainda mais a história, Claire, ou «Carrie Mathison», a personagem, sofre de um distúrbio bipolar. Azar dos távoras, ela acaba por apaixonar-se perdidamente por ele, Brody, um mentiroso compulsivo que tudo faz para ocultar a sua vida dupla. Em Setembro parece que chega a terceira série. Com expectativa redobrada. O que é que os argumentistas vão inventar desta vez para as aventuras e desventuras de Brody e Carrie?

Palavrões, ovos e tartes

Já saíram as tabelas de retenção na fonte para 2013. As tais que expressam o «enorme aumento de impostos» que o «33 rotações» do Gaspar bocejou há uns meses. Apetece dizer palavrões, insultar a digníssimas progenitoras, atirar ovos aos tipos que nos governam e especialmente, o sonho de qualquer revoltado, espetar uma tarte cheia de chantilly na fuça do Gaspar e da escumalha que nos governa. São mais de seis meses a trabalhar no duro, a acordar cedo e a correr para os transportes (quando estes não fazem greve, como acontece amanhã com o Metro), para colmatar o que meia dúzia de miseráveis andaram a destruir durante anos.

O «neon con» do jornalismo nacional


José Manuel Fernandes foi director e administrador do «Público» e contribuiu fortemente para a descaracterização ideológica do jornal da Sonae. Este «Neo Con» do jornalismo nacional, que até a guerra do Iraque defendeu, não esconde as suas preferência neo liberais. Sócrates foi o seu alvo a abater durante muitos anos. Com Passos é mais brando. No seu Facebook veio perguntar, just asking, por que é que Mário Soares não tinha sido hospitalizado numa entidade de saúde pública, em vez do privado Hospital da Luz, por uma questão de coerência com o seu discurso. Caíram-lhe em cima no «bar do Zuckerberg». Uma pessoa com responsabilidades na sociedade, como docente e opinion maker, e com quase 3 mil seguidores no FB tem de pensar antes de disparar. Ainda para mais em questões sobre saúde. Tréguas, por favor!

O rei da boçalidade


O boçal Lello vem atirar-se como gato a bofe a Álvaro Beleza, um dirigente da entourage de Seguro, que defendeu o fim da ADSE, o serviço de saúde para o qual os funcionários públicos descontam mensalmente. Lello, um socrático de carteirinha, volta a cheirar o poder e até diz no seu Facebook, às escancaras, que «a maioria dos funcionários públicos são eleitores do PS». Ou seja, há que ter cuidado com as palavras, porque o poder já esteve mais longe. Estes tipos metem-me todos um asco desgraçado. Demagógicos e sem vergonha.