07 setembro, 2011

O novo feudo gastronómico do poder

Até há pouco tempo desconhecido, o restaurante «A Horta dos Brunos» é o novo feudo gastronómico do poder em Portugal. Localizado para os lados de Arroios, o pequeno estabelecimento foi primeiro perfilhado pela turma do CDS, quando ainda eram uma combativa oposição, para agora receber o baptismo de fogo com a presença do Primeiro-Ministro, o Pedro, o ministro dos Assuntos Parlamentes, o Miguel, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, o Paulo. O convidado de honra foi o ex-presidente (ou será que ainda é presidente e Dilma só está a decorar o Palácio do Planalto?) do Brasil, Lula da Silva. Copos para lá, copos para cá e boa comida portuguesa fizeram parte da ementa. Se os socialistas eram mais fãs do «Solar dos Presuntos» do Evaristo, a nova maioria prefere a «Horta dos Brunos». Sem apelo, nem agravo.

Santos do Estado fazem milagres

A malta carenciada acorda com as galinhas, anda de transportes públicos com o proletariado, leva a marmita para o trabalho e sua em pinga para trazer o seu parco salário para pagar as elementares despesas de um qualquer lar humilde, mas muito digno. Enquanto isso, no canal público soube-se hoje que o director de programas, Nuno Santos, aufere, mesmo com o imposto solidário de 10 por cento por desempenhar funções na RTP, a modesta quantia de 14 310 euros. Com a SIC à deriva, agora se percebe o saltinho que Santos deu de Carnaxide para a Marechal Gomes da Costa.

Clube Amigos Líbia

O presidente iraniano tem alguns defeitos e muita megalomania naquela cabeça, mas tem razão quando diz que os países ocidentais só se interessam pelo petróleo da Líbia. Até já existe uma espécie de «Clube dos Amigos da Líbia», com a nata dos países mais influentes do Planeta. Até Portugal lá está e o nosso sagaz MNE, Paul Doors, fez hoje uma viagem relâmpago até Benghazi para se encontrar com os responsáveis pelo processo de transição naquele país. Diplomacia diplomática, estão a ver? Só falta mesmo fazer um hino chamado «We Are Libia», ao estilo do «We Are The World». Desta feito sem fins humanitários.

A frase do dia

«O Irão é o país mais democrático do mundo», Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irão, em entrevista na RTP-1, 7 Setembro 2011