10 janeiro, 2013

A Pepa quer uma malinha Chanel!



A Samsung Portugal lançou uma campanha que se tornou viral em poucas horas. A polémica com o vídeo da bloguer de moda Filipa Xavier, conhecida por Pepa Xavier, assumiu tais proporções que a marca já pediu desculpa e retirou o vídeo da sua página. O motivo de tanto alarido é só um: o desejo consumista de Pepa comprar uma mala Chanel.  No vídeo, Pepa Xavier faz um balanço do ano de 2012 e para 2013 pede, como desejo pessoal, poder comprar uma mala clássica da Chanel como seu dinheiro. A declaração levantou indignação pelo lado supérfluo, mas a própria jovem admite no vídeo que este é um desejo consumista.
A Samsung já pediu desculpas, mas confesso que desde a fraude que foi o episódio do rapaz em busca da sua amada em plena Lisboa, que desconfio destes efeitos virais. Os publicitários e as empresas adoram a célebre máxima: «Falem de mim, mesmo que seja para arrasar».

Simplesmente MEC


Depois do aclamado «o amor é fodido», Miguel Esteves Cardoso (MEC) lança no início deste ano o seu «Como é linda a puta da vida», um livro que reúne as suas crónicas publicadas nos áureos tempos de «O Independente». Citado pelo Correio da Manhã, MEC  profere esta frase que eu, cá para mim, vou procurar emoldurar em casa e no meu local de trabalho: «A vida é má e imprevisível. É uma puta e não se percebe o critério, mas ao mesmo tempo é linda». É isto, grande MEC!

90 dias de exasperação


A boa notícia é que o Tribunal Constitucional vai incorporar os quatro pedidos apresentados de fiscalização do OE 2013. A pavorosa notícia é que o processo de deliberação até o acórdão estar concluído não deverá demorar menos de 90 dias. A «Visão», numa infografia publicada na edição desta quinta-feira, chama-lhe «via sacra». Acho pouco. É certo que os timings da justiça são outros, mas num país a sério era mobilizar, quase por decreto régio, juízes e os seus «escravos» a trabalhar 7 dias por semana até que uma decisão fosse encontrada. Como quem trabalha deve receber, paguem horas a essa gente. Uma decisão crucial deve obedecer a etapas, mas tem que ser acelerada. Custe o que custar.