«Bocas regimentais»

Não se sabe com que méritos este «artista» socialista, de nome Ricardo Gonçalves, é deputado há 3 legislaturas. Enquanto se travava de razões com a «Zezinha», agora do PSD, o deputado do PS justificou os seus «apartes» na comissão como sendo meras «bocas regimentais». Porventura, o «vai pró...» do deputado social-democrata José Eduardo Martins para o seu colega socialista Candal também se enquadra nesta selecta e nobre figura parlamentar.

A má educação

Mais um deputado do PSD, e outra aposta da actual líder, a protagonizar uma lamentável cena. Par(lamentar). Maria José Nogueira Pinto e o socialista Ricardo Gonçalves envolveram-se numa degradante troca de mimos em plena comissão parlamentar de saúde, perante a estupefacção da assistência. «Não sabia que tinham contratado um palhaço», foi o mais forte (e que forte) que se escutou, para além de outras observações, como por exemplo, «inimputabilidade». Jaime Gama anda a tentar disciplinar os desmandos das viagens dos senhores deputados, mas a raiz do problema está mesmo na má formação e índole dos parlamentares. Não é possível mandá-los de castigo para as catacumbas da Assembleia da República?

PS: O circo parlamentar a que, periodicamente, assistimos em países tão longínquos como a Coreia do Sul ou até nas maduras democracias sul-americanas, com cadeiras pelo ar e confronto físico vai cá chegar. Um dia. É tão certo como a subida da temperatura do Globo estar associada à desregulação climática.

Corrupto, corrupto...

9 em cada 10 portugueses consideram a corrupção um grande problema do país. A maioria diz que é na classe política que o fenómeno estará mais enraizado. Até aposto que muitos dos que participaram nesta consulta também andam a tratar da «vidinha» e que se calhar o «problema» que apontam até é a solução para as suas vidas. Ó Abreu, dá cá o meu...

A frase do dia

«Aquilo (Parlamento) vale tanto como a Assembleia Nacional do Salazar. Eles não valem nada, não têm voz activa», Medina Carreira, fiscalista, Agência Lusa, 9 Dezembro 2009