02 novembro, 2009

Arregalada e obcecada pela isenção

Esta senhora de olhos arregalados chama-se Bárbara Reis e é, desde ontem, a nova directora do «Público». Segundo se conta, a sucessora de José Manuel Fernandes, uma aluna brilhante na Nova e desde muito jovem demonstrou a sua queda para a profissão, diz-se «obcecada pela isenção» e quer retirar a «carga ideológica percepcionada pelos leitores nos últimos anos». A primeira medida da senhora é fazer editorais sem assinatura, para dar ideia de consenso. No seio do jornal teme-se que a política e a economia, desde sempre os pontos fortes da publicação da Sonae, percam terreno com a nova direcção, também composta por uma nova chefe de redacção, a brasileira Simone Duarte, que Bárbara conheceu nas suas andanças pelo mundo, em Timor. A vender cerca de 30 mil gazetas por dia, o «Público», que nunca deu lucro, está quase abaixo da linha de água. Até é irónico, quase a metáfora perfeita, que o escritor de eleição de Bárbara Reis se chame Thomas Bernhard e seja o autor de «Náufrago».

Repórter fora de jogo


Maria Martinez, jornalista do canal La Sexta, não vai esquecer o Ossasuna-Santader da última jornada do campeonato espanhol. Vejam as imagens...

O «criminoso» regressa ao local do crime

Também existem transferências fantásticas, todavia não tão milionárias como no futebol, nas estagnadas ondas do éter. Nuno Markl abandona a Antena 3 e regressa, provavelmente em Dezembro, às manhãs da Rádio Comercial, de onde saiu em 2002, para fazer parceria com Pedro Ribeiro. Recorde-se que foi na estação da Sampaio e Pina que Markl despontou, nomeadamente com o seu «O Homem que Mordeu o Cão».

O fenómeno Patrocínio

A fulgurante carreira académica de Carolina Patrocínio é de deixar qualquer mortal com os olhos tortos. A ex-mandatária de Sócrates está empenhada na sua tese de mestrado em Comunicaçao Social na Universidade Católica e prepara-se para frequentar um estágio curricular na informação da SIC. «Só penso em vir a ser jornalista», confessa Carolina, de tenrinhos 22 anos. Aguarda-se que os editores do canal de Carnaxide não metam a jovem repórter a fazer «peças» sobre o Primeiro-Ministro ou mesmo sobre a difícil arte de tirar grainhas às uvas ou como conseguir votar em Portugal com 16 anos.

Sem luz ao fundo do túnel

Parece que os incidentes da pedreira de Braga vão chegar ao Ministério Público, entidade que já tem trabalho de sobra para as encomendas que recebe. Será que a justiça desportiva não é capaz de resolver um problema que só a si lhe pertence?