Seja-se ou não da cor, manda a honestidade reconhecer que o Benfica é, provavelmente, a marca nacional com maior projecção interna, sendo a capacidade de mobilização dos seus sócios e simpatizantes acima da média, especialmente quando a equipa acumula sucessos. É isso que está a acontecer. Os troféus vão sendo conquistados, mas ainda faltam 8 dias para o pontapé de saída oficial da temporada. Com expectativas ao nível da Lua e com a overdose de milhões gastos em contratações, considerando a dimensão do nosso campeonato, ao Benfica só pode ser exigido o triunfo no campeonato e o acesso directo à Liga dos Campeões. Sem direito a falhas. Esta noite, diante do Milan, Quim foi o «herói» ao defender quatro penáltis. Curiosamente, a baliza é o sector da equipa onde existe maior tremideira. Houve dinheiro para tanta aquisição, menos para contratar um guarda-redes de classe. Mas, de facto, este Benfica, versão Jesus, não tem nada a ver com o de Quique. Há atitude, há empenho e, mais importante, parece existir ideias. O campeonato da pré-temporada foi vencido, mas vale tanto como o campeonato de inverno da transacta liga. Ou seja, zero.
Como nota de rodapé, lamenta-se que o plantel encarnado se assemelhe a uma sociedade das nações ibero-americana: brasileiros, argentinos, uruguaios, espanhóis e meia dúzia de portugueses para não desfazer.
Como nota de rodapé, lamenta-se que o plantel encarnado se assemelhe a uma sociedade das nações ibero-americana: brasileiros, argentinos, uruguaios, espanhóis e meia dúzia de portugueses para não desfazer.