Desde que Anthímio de Azevedo deixou de ser o "manda chuva" de serviço nos ecrãs da RTP, o tempo enloqueceu. Porventura a partir do advento das meninas do tempo da SIC o "El Niño" apoderou-se um pouco de todo o Planeta. Este Verão está a ser, especialmente na Europa ocidental, um dos menos quentes dos últimos anos. Em Londres, chove de forma regular há dois meses, em Portugal continental não há forma de o irrequieto anticiclone dos Açores se acalmar e até em San Sebastian (como a foto retrata) um violento temporal derrubou várias embarcações das praias. Volta Anthímio, estás perdoado!
21 agosto, 2007
Ó Abreu, dá cá o meu!
Na luta desesperada para alimentar as máquinas partidárias e capturar o maior número de votos para atingir o poder, as forças políticas continuam sem olhar a meios para atingir os seus ambiciosos fins. Desta feita, o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) revela que a empresa de construção civil Somague financiou o PSD, de forma ilegal, em mais de 230 mil euros, durante o período em que Durão Barroso foi primeiro-ministro, corria o ano de 2002. De uma vez por todas, é preciso que os partidos publiquem, para que todos saibam, quem são os seus reais financiadores. As relações pouco claras que os partidos que sobem ao poder passam a ter com o sector da construção civil podiam ser compreendidas por todos com maior transparência. E a obsessão da Ota que este Governo diz ter abandonado, mas ninguém acredita, podia igualmente ser melhor entendida.
O TC continua, com Guilherme d'Oliveira Martins, a desempenhar como deve ser o seu papel fiscalizador. Agora é preciso que o Ministério Público investigue e leve os responsáveis à barra dos tribunais. É tempo de acabar com as rábulas como as protagonizadas pelo CDS-PP, que inventou a personagem Jacinto Leite Capelo Rego como benemérito da causa partidária democrata-cristã.
Aos líderes partidários, um recado: parem de brincar aos partidos e desçam à terra. Quem não tem dinheiro, não tem vícios. Apostem nas campanhas por internet, saem mais baratas e sempre podem captar outro tipo de eleitorado.
A pró-governamental ERC iliba Sócrates
A insuspeita ERC, o órgão regulador dos “media”, ilibou José Sócrates de alegadas pressões junto de alguns órgãos de comunicação social. Contudo, esta decisão teve um voto contra de um dos conselheiros, de seu nome Luis Gonçalves da Silva, que defendeu "existirem elementos probatórios no processo que revelam a prática por parte do primeiro-ministro (tanto através da sua própria intervenção, como do seu gabinete) de actos condicionadores do exercício da actividade jornalística, relativamente ao jornal Público e Rádio Renascença". Recorde-se que as audições promovidas pela ERC aconteceram na sequência da publicação do artigo "Impulso irresistível de controlar", do “Expresso” sobre alegadas pressões exercidas pelo Governo junto da comunicação social.O caso vai para a gaveta, os portugueses esquecem-se, só que é intrigante que um dos conselheiros tenha ficado com dúvidas e fale mesmo em “elementos probatórios”...Ninguém diz nada?
Diálogos ibéricos
Luis Filipe Vieira: "Aqui o meu grande amigo Zé António, amigo da família e camarada de petisco e de "copas", vai por esta equipa de coxos a jogar como nunca. Vamos ser os melhores do mundo e quiçá da Europa"
José António Camacho: "Hablas mucho para mi gusto, Vieira. Como se diz en España: Más cojones e menos millones"
Berardo dixit
Quem diz a verdade não merece castigo. Para ser sincero, já tínhamos saudades dos dislates do comendador. Mr. Joe participa hoje no questionário de Verão do Jornal de Notícias, "Farpas", ao seu melhor estilo. Aqui vai apenas um cheirinho das pérolas:
"Se não o tivesse espicaçado (Rui Costa), ele não teria marcado dois golos contra o Copenhaga"
"As acções (do Benfica) estavam a cair e não sei o que teria acontecido se eu não tivesse interferido"
"As nossas raízes são como as mulheres: podemos dizer mal delas, mas, se as amamos, acabamos por voltar"
"Portugal é um bom país para enriquecer? Não,nada. É um bom país para trazer a fortuna"
"Não ajudo todos, não sou tao importante como Gulbenkian, mas quase, porque tenho ajudado muitos"
"O CCB é uma marca inédita em Portugal e mesmo a nível mundial"
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