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Hoje de manhã, ao folhear a imprensa, senti-me importante. No obrigatório «CM», li «Vítor Constâncio tem cadastro de seis milhões de devedores». Ou seja, o Vítor está de olho em todo o comum dos mortais «tuga» com empréstimos bancários. O mesmo é dizer que estou na lista. O mesmo é dizer que o Vítor está de olho em mim. Mas se o caro governador do Banco de Portugal estiver tão atento como no caso BPN, a malta com tendências falcatrueiras e incumpridoras, pode estar descansada.
Um lamentável descuido de um alto responsável da Scotland Yard precipitou uma acção antiterrorista no norte de Inglaterra. Bob Quick (na foto), foi fotografado à chegada a Downing Street para uma entrevista com o primeiro-ministro Gordon Brown, com documentos «top secret» debaixo do braço, e à vista de todos, que as objectivas conseguiram captar, sem problemas. Poucas horas depois, e antes que a imprensa publicasse algum detalhe que fizesse perigar a segurança nacional, uma acção policial deteve uma dezena de suspeitos, alegadamente relacionados com a Al Qaeda.
Os portugueses dividem-se: apoiar ou deixar cair Barroso para renovar o mandato à frente da Comissão Europeia? Um traidor, um fugitivo, um «vendido», dizem Mário Soares, Ana Gomes e Fernando Nobre. Um «acto patriota», é como Sócrates justifica o apoio do governo português. O presidente da AMI deu-lhe para malhar no «Zé Manel» na apresentação do livro do seu benquisto e generoso amigo Soares. Nobre disse que Durão Barroso «tem um corpo de plástico, moluscóide, de quem não tem coluna vertebral. É do tipo de políticos que pensa que, com uma plástica, tudo pode continuar na mesma», aludindo ao apoio que o ex-primeiro-ministro deu ao ex-presidente Bush. Alguma razão lhe assiste nas críticas, surpreende apenas (ou talvez não) o tom desabrido. A explicação pode residir no seguinte: parece que durante o curto mandato de Durão Barroso e Santana Lopes o «pipeline» estatal secou para a AMI. A vingança serve-se fria.
Muitos alertas temos ouvido sobre os perigos da «italianização» do regime português. A corrupção na justiça e na política, apanágio do povo transalpino, podia, segundo, por exemplo, João Cravinho, generalizar-se, sem remédio no nosso país. O símbolo máximo desse fenómeno chama-se Sílvio Berlusconi. Em meu entender, o «mix» para o seu êxito é um explosivo cocktail de populismo, corrupção e trogloditismo. No fundo, ele tem tudo o que um povo, igualmente, iletrado pode querer. Ontem, em L'Áquila, junto ao campo de refugiados do sismo que assolou o centro de Itália, o primeiro-ministro transalpino sugeriu aos desalojados encarassem a situação como um «fim-de-semana no parque de campismo», devido às boas condições de acolhimento proporcionadas pela protecção civil. Uma cretinice. Só de pensar que a Itália elegeu este homem 3 vezes, e já se fala na sua candidatura a presidente, acho que vivemos no céu. Apesar de tudo.
O «dream tem» do futebol europeu mora em Barcelona. A equipa de Guardiola cilindrou o Bayern Munique, velhos conhecidos do Sporting, em Nou Camp, por 4-0, deixando a eliminatória dos quartos de final da Champions praticamente sentenciada. Curiosamente, a melhor equipa também tem o melhor jogador, o argentino Messi, que, salvo imprevisto, já pode encomendar o fato para a entrega do Prémio de melhor jogador do ano 2009.