11 fevereiro, 2010

Um dia histórico

Esta é, seguramente, das primeiras páginas mais aguardadas do jornalismo português, desde os imemorais tempos de «O Independente». «O Polvo», com a silhueta de Sócrates em fundo, promete esgotar. Mesmo à revelia da justiça, a decisão do arquitecto Saraiva e dos seus pares é corajosa. A ver vamos se o ex-director do «Expresso» não vai ficar para a história como o fundador e o coveiro do «Sol».

«Aldrabão de feira»

Num país onde, alguns, clamam de forma indignada que não há liberdade de expressão, António Pires de Lima apelidou ontem o primeiro-ministro de «aldrabão de feira». Não consta que o advogado «vá de cana» por delito de opinião.

«Polvo» ao «Sol»

Uma providência cautelar poderá impedir o «Sol» de publicar amanhã mais escutas que envolvem o Primeiro-Ministro. Dizemos poderá porque a advogada do queixoso, o administrador da PT, Rui Soares, e a oficial de justiça, estão à porta do jornal, no Chiado, como a foto do «Público» demonstra e tardam em conseguir notificar o director da publicação e dois jornalistas. Assim se faz justiça em Portugal.

PS: Informa a SIC-N que o jornal do arquitecto já está em impressão e o título da manchete é «O Polvo». Sugestivo.

A frase do dia

«Temos liberdade de expressão. Parece. Há liberdade de informação. Parece. Até pode parecer tudo. Mas não é», Paula Teixeira da Cruz, Correio da Manhã, 11 Fevereiro 2010

Medo ao susto

O livro de crónicas crispadas do Mário, o Crespo, é hoje apresentado, no Grémio Literário. Pela polémica gerada, a camarada(Zita), a Seabra, a responsável editorial pelo lançamento, vai ter muito dinheiro em caixa. A foto de capa é de meter medo ao susto: um político «disfarçado» de cadáver. Será isso ou há outra interpretação subliminar que me escapa?