02 outubro, 2008

Loucos por novidades

Muito sensíveis a marcas mediáticas e símbolos da globalização, os portugueses que já foram ao Alegro de Alfragide parecem rendidos ao novo «Starbucks». Segundo uma reportagem publicada no «Público» de hoje, as filas para entrar na loja assemelham-se às que se geraram para comprar bilhetes para a Madonna. Pastéis de nata e de feijão e a infindável colecção de cafés saem a grande velocidade. Curiosamente, o produto mais barato nesta loja de inspiração anglo-saxónica é um expresso a 1,20 euros. Dias não são dias, não é?

Desconto só para sócios

Arrasou o mercado e aniquilou a concorrência. Fidelizada a clientela, a FNAC resolveu acabar com o chamado «preço verde», ou seja 10 por cento de desconto, para os não aderentes. Quem quiser, faz-se sócio, quem não quiser, continua a sacar músicas da net ou a encomendar livros do Amazon. Como esta medida não deve ser indiciadora de crise para a multinacional francesa, a FNAC abre mais uma loja dia 10 de Outubro no Centro Comercial Vasco da Gama.

O fenómeno

Facciosismos à parte, o Benfica é mesmo um fenómeno. A transmissão do jogo desta noite com o Nápoles para o UEFA trocou as voltas a uns 5 milhões e meio de portugueses que não têm acesso ao Benfica TV através do MEO. Não faltaram, contudo, estratégias para ver o desafio pela porta do cavalo. Através do Sapo estiveram «pendurados» mais de 60 mil cibernautas, fora aqueles que tentaram em vão a sua sorte. Nos sites com emissões de tv pirata também foi possível espreitar, ainda que aos soluços, o melhor jogo da temporada do clube da Luz. Pudera, muitos sites portugueses ficaram engasgados com o excesso de procura. Começasse o Canal Benfica amanhã e o número de subscrições dispararia. O que nos leva a concluir que os negócios associados ao planeta futebol só dependem de uma coisa: bola na rede e muitas vitórias.

A frase do dia

«Nada no passado se assemelha ao que assistimos actualmente (...) Os acontecimentos que enfrentamos são provavelmente os mais graves desde a II Guerra Mundial», Jean Claude Trichet, Presidente do BCE, France 24, 2 Outubro 2008