22 maio, 2012

A frase do dia

«Acho que se estivéssemos seis meses todos calados, não criássemos mais problemas do que os que já existem e deixássemos as coisas correr, daqui a seis meses, trabalhando, veríamos que as coisas até evoluíram melhor do que o que pensámos", Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto, Jornal de Notícias online, 22 Maio 2012

Sindicato dos Trabalhadores do Gamanço

A polícia não quis saber durante as investigações(?), mas um tal Perkins, antigo administrador do Freeport, disse hoje em tribunal que José Sócrates recebeu 200 mil euros, quando era ministro do Ambiente, para aprovar o licenciamento da margem sul do Tejo. O mesmo indivíduo confirmou que o ex-Primeiro Ministro tinha o nome de código de «Pinóquio». Com medo que o descobrissem, Sócrates pegou nos tarecos e rumou a Paris. Os artistas do gamanço andam, até Duarte Lima, literalmente à solta.

Bacalhau de molho em tribunal

A PSP deteve em Famalicão um serralheiro, de 37 anos, que tentava sair de um supermercado sem pagar duas embalagens de bacalhau que escondeu debaixo do casaco, informou esta terça-feira aquela força, in Correio da Manhã Online, 22 Maio 2012

Odisseia a bordo do 726


Realmente há dias em que não se pode sair de casa…de autocarro. Fiel utilizador dessa «toupeira» da cidade de Lisboa chamada Metropolitano, decidi, em má hora, arriscar uma incursão alternativa nos «amarelos» da Carris, onde há muito não entrava. Optei pelo 726, que passa na Pontinha, relativamente próximo da minha casa. Homem prevenido, madruguei, não estava era a contar com meia hora de espera e uma hora em trajecto errático pelas ruas da capital até ao meu trabalho. O que se faz em 25 minutos de Metro, demorou 95 minutos. Não está mal. Contudo, valeu pela experiência antropológica que bebi ao longo do percurso. Desde uma cachopa, que não devia ter mais de 14 anos, de coração destroçado, a perguntar ao namorado: «Voltas para mim?», até um tipo com um ar de empregado de restaurante «nepalês/tandori e italiano também»  que me «assediou» de tal maneira que pensei que me ia tirar a carteira  do bolso das calças, que eu agarrava como se fosse a minha vida, até aos desesperados pedidos dos utentes para o desgraçado homem do volante: «Sr. motorista, abra a porta», «Sr. motorista, abra o ar condicionado, estamos a respirar o ar uns dos outros», «não empurrem». Como fiquei mesmo ao lado do funcionário da Carris, de nacionalidade brasileira, ouvi-o amaldiçoar a sua vida face ao que se passava na apinhada viatura a seu cargo: «Fod….qualquer dia mudo de profissão!», bramou ele, bufando e não escondendo o seu enfado. A odisseia terminou. Lá piquei o ponto, com 10 minutos de atraso, ou a chamada tolerância académica, dirão outros. Certo é que da próxima vez que comer sardinha em lata, vou ter mais respeito. É certo que resisti. Mas não repito. Da próxima vou de táxi.