16 setembro, 2010

A Europa é um lugar estranho

Durão Barroso governa uma casa de malucos e de líderes frágeis. O caso da deportação de milhares de ciganos da França para a Roménia está a abanar a já de si minada coesão europeia. O presidente francês, Sarkozy, o visado, armou uma valente barracada, contestando as declarações da comissária europeia de Justiça, Viviane Reading, curiosamente a mulher em que Barroso mais confia em Bruxelas. A coisa aqui está muito preta.

Mourinho em «part-time»?

Portugal é o eterno país à espera, com os olhos no céu, dos homens providenciais e salvadores da pátria. D. Sebastião, perdido algures nas areias do deserto, é o exemplo acabado de que um país deposita todas as suas esperanças de existir nas costas de um homem tem grandes hipóteses de se sair mal. O fragilizado Madaíl vem agora com a ideia peregrina de querer contratar Mourinho para 2 jogos da campanha de Portugal para o europeu 2012, com a Dinamarca e a Islândia, em Outubro, como se em Portugal os treinadores que por cá andam fosse todos uns anormais. As negociações decorrem em Madrid com o empresário de «Mou» e com o Real Madrid. Não compreendo a lógica de uma eventual «perninha» às quartas e sábados, para voltar na semana seguinte ao clube que lhe paga, e bem, o Real, como se nada fosse. Mourinho sabe o risco que corre, mas ambicioso como é, até é capaz de corrê-lo. Está-lhe no sangue. O pior é que este país sempre se deu mal com salvadores. Ainda para mais em «part-time». Por isso é que estamos onde estamos. In the end of the line.