10 março, 2009

Recordações de um outro «7-1»

A Liga de Clubes aprovou hoje a obrigatoriedade de os clubes que se quiserem inscrever no próximo campeonato apresentem a prova que têm as contas em dia com o Fisco e a Segurança Social. De acordo. Fica a sugestão: a FPF deve passar a obrigar os clubes portugueses a fazerem prova que estão aptos a participar na Liga dos Campeões, sob pena de repetirem as tristes figuras que o Sporting fez esta noite diante do Bayern de Munique. Lembrei-me levemente de uns 7-1, mas ao contrário, há mais de vinte anos. No total das duas mãos, 12-1. Um record negativo da maior hecatombe em competições europeias num espaço de 15 dias. Temos anedotas sobre os «lagartos» e o Paulo Bento para o resto da semana...

Será que chega?

A procuradoria-geral de Nova York vai pedir 150 anos de «xadrez» para o vigarista Bernard Madoff, que hoje compareceu no tribunal, acusando-o de burla em pirâmide na módica quantia de 50 mil milhões de dólares. Para o nosso vigarista de pacotilha, o Oliveira e Costa, permanece a dúvida sobre se os seus alegados crimes vão ser, de facto, penalizados. Aliás, é preciso que alguém seja imolado na fogueira que a opinião pública ateou. O pior é se a doença do homem se agrava e nem sequer há julgamento.

Almodovar «estreia» o Olympia

Já aqui temos falado da crescente degradação da cidade de Lisboa. Insegurança, desnorte urbanístico, trânsito caótico e falta de estratégia de atracção cultural. Há zonas, do centro, que estão literalmente abandonadas. Sem vida. Mas como nem tudo é negativo, saudemos as obras de recuperação e adaptação iniciadas no antigo Cinema Olympia, conhecido pelos filmes com dupla bolinha vermelha no canto superior direito, contíguo ao Teatro Politeama, promovidas pelo encenador Filipe La Féria. Dentro de seis meses as obras deverão estar concluídas e «Tudo Sobre a Minha Mãe», da autoria de Pedro Almodovar, será a primeira peça a estar em cena. Tal como em Londres existe o West End londrino, Lisboa pode vir a ter no Politeama e no Olympia, a esquina mais famosa da capital na exibição de musicais e peças de teatro.

Directora com pouco jeito para línguas

Margarida Moreira, a directora regional de educação do norte, que denunciou e escorraçou o mártir professor Charrua por, alegadamente, este ter insultado o primeiro-ministro, não tem muito jeito para línguas, a começar pelo português. Num mail enviado às escolas de Paredes de Coura, a senhora escreve autênticas pérolas linguísticas:
«Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população» (sic). Mais uns pontapés na gramática a juntar aos erros do «Magalhães». Talvez a Edite Estrela, antiga professora e que teve durante uns anos um programa na TV sobre como falar e escrever português de forma irrepreensível, possa dar umas lições à sua correligionária de partido.