24 maio, 2012

Vida malvada

Sou um saudoso dos anos 80, década em que éramos verdadeiros craques nos Jogos Sem Fronteiras e amealhávamos posições interessantes nos épicos festivais da Eurovisão, numa Europa que ainda não era o «albergue espanhol» em que se tornou. Com a queda das fronteiras e das «cortinas de ferro» tudo mudou. Emergiram as bósnias, as lituânias, as ucrânias e as macedónias, numa salada russa de difícil digestão e compreensão. Filipa Sousa falhou hoje, com a canção «Vida Minha», o apuramento para a final do certame que se realiza em...Baku, no Azerbeijão. Para terem a ideia, é uma ex-república soviética, localizada no Cáucaso, na fronteira entre a Europa e a Ásia. Uma coisa perto, tipo ir da Pontinha a Loures. O Festival da Eurovisão transformou-se numa casa muito mal frequentada. Depois dos monstros finlandeses e do «triki triki espanhol», este ano a sensação promete ser o agrupamento gerontocrático das avózinhas de Buronovo, vindas da Rússia. Têm todas mais de 60 anos, trajes típicos e dentaduras postiças. Ó vida malvada!

O ladrão, o Papa e a fruta

«Na vida, como nos livros, um ladrão não deixa de ser ladrão por declamar poesia, ou por ir ao Papa. Um fugitivo da justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram assobiar para o lado (...) Ainda têm a lata de falar em apagões quando a sua história foi marcada por fruta, corrupção e compadrio. O seu sucesso é e foi construído com base na maior mentira do desporto português», Luís Filipe Vieira, Presidente do Benfica, referindo-se sem nunca identificar directamente os seus alvos, ao presidente do FC Porto, no dia seguinte aos incidentes no Dragão Caixa, A Bola Online, 24 Maio 2012

A panela de pressão

O Relvas anda crispado. Qualquer político, por mais experiente que seja, quando acossado, fica nervoso. O ministro adjunto está nesse estado. É um bocado constrangedor vê-lo dizer completamente o oposto do que clamam os jornalistas do «Público». É palavra contra palavra, é certo, mas na dúvida, Relvas fica sempre com a dúvida a pairar sobre a sua cabeça. Quanto aos 32 minutos que a jornalista exigiu ao gabinete do ministro para responder a uma pergunta enviada por email, Relvas considera uma pressão. Se bem me lembro, foi Relvas dos governantes que mais nomeou, por isso, qualquer um dos seus diligentes "escravos" que compõem a «entourage», alguns deles ex-jornalistas, podiam perfeitamente saciar a curiosidade de Maria José Oliveira, a tal jornalista, que o Relvas, alegadamente, jurou ir escancarar todos os seus podres na net. Assim de repente, tudo o que não fosse cheirar mal da boca, tirar macacos do nariz e gostar de ter relações sexuais com animais, não creio ser digno de ser divulgado ao comum dos mortais.