21 setembro, 2009

A influência do magnata

O grupo Imprensa está especialmente activo nos dias que antecedem o acto eleitoral. A maioria das sondagens está longe de ditar o que resulta deste inquérito de opinião da revista «Exame» e, curiosamente, é uma revista do grupo de Pinto Balsemão a tirar esta conclusão, no mesmo dia em que o «Citizen Kane» lusitano, em entrevista ao "Público", diz que o ministro S.S. foi o pior ministro que tutelou a pasta da Comunicação Social desde o 25 de Abril.

Afinal, era platónico

Acabou o romance mais badalado do verão. Raquel dos Santos atribui a «incompatibilidades» o fim da relação de dois meses com o escritor António Lobo Antunes. Tudo não passou de uma «paixão platónica», segundo a própria em declarações ao "I". A brasileira, editora da revista «Teias Literárias» e professora universitária, ficou, necessariamente, mais conhecida, já sobre o estado anímico de Lobo Antunes pouco se sabe. Os desgostos de amor tanto podem dar para dilatar a veia literária como para estimular um tremendo sentimento depressionário.

A frase do dia

«Este caso vai ser um grande romance (...) fica demonstrado que se utiliza a Madeira para brincar com coisas sérias. Os factos deram-me razão, agora resolvam o imbróglio, chamem o Sherlock Holmes ou um gajo qualquer», Alberto João Jardim, Agência Lusa, 21 Setembro 2009, pronunciando-se sobre a demissão do assessor do PR

O caceteiro eficaz

Gosto de Paulo Rangel. O meu sentimento de admiração para com o deputado social-democrata tem vindo a crescer com o passar do tempo. A este advogado do Porto sobra o que Manuela Ferreira Leite tem em falta: substância, fibra, oratória acutilante e um estilo comicieiro que, por muito que a «outra senhora» diga que não tem jeito para fazer e está ultrapassado, continua a cativar as massas. Rangel, digamos assim, tem um lado legítimo de caceteiro (a léguas do imbatível ministro S.S.), mas consegue sê-lo com charme e, mais do que isso, com eficácia. Conteúdo tem. Bastava metê-lo numa naquelas rubricas do «Correio da Manhã» de domingo do «Antes» e «Depois», para Rangel aparecer, como novo, com 30 quilos a menos. Um restyling que iria provocar comoção nacional. Quem sabe se a noite eleitoral for tempestuosa para os lados da S. Caetano à Lapa não temos já sucessor na calha?

O que fazer quando o cavaquismo se desmorona?

O que parecia impossível acontece. Cavaco Silva mandou um dos seus eternos homens de confiança para o olho da rua. Fernando Lima, o assessor que alegadamente fazia «encomendas» para os jornais, foi substituído como assessor de imprensa do Palácio de Belém. Começa a descobrir-se que alguns dos braços direito do Presidente, como é o caso de Dias Loureiro ou do próprio Lima, afinal são tudo menos bons rapazes. E perante o avolumar da bola de neve, também se começa a temer pela seriedade de Cavaco.