18 fevereiro, 2009

«Arrastão» jornalístico



Os estimados jornalistas que me perdoem mas começa a ser insustentavelmente patética a figura de alguns «pés de microfone» que se plantam à porta dos tribunais e das residências dos alegados arguidos. À saida do tribunal de Cascais, o «arrastão» jornalístico acompanhou o tio do «zézito» e os seus dois advogados, escadaria abaixo, até às respectivas viaturas, chegando ao ponto de os protagonistas concederem três conferências de imprensa em simultâneo e completamente de improviso, dizendo o que deviam e o que não deviam. Como também é uma coisa especialmente esperta, informar que «há arguidos» no caso Freeport, sem, contudo, dizer os seus nomes. Assim não!

À procura da «Bimby» das notícias

A petição «Em Defesa do Diário de Notícias», que está on-line desde o final do mês passado, já conta com mais de 1 400 subscritores entre anónimos e figuras públicas, como escritores e eurodeputados. Os responsáveis pelo manifesto referem que «se o processo [de despedimento colectivo no grupo Controlinveste] não for travado, os dois jornais, JN e DN, mesmo que mantenham cabeçalhos diferenciados, serão apenas suportes de de conteúdos sem alma».
Os subscritores acrescentam que os jornais detidos por Joaquim Oliveira «passarão a ser veículos de um pensamento único. Pensando apenas na optimização de recursos, descaracterizam-se redacções e nada impedirá que secções sejam extintas, uma vez que, nesta visão redutora, um só jornalista chegará para alimentar quantos jornais e páginas da Internet for necessário».
De acordo, em quase tudo. Se o «citizen kane» nacional, um Berlusconi em tamanho pequeno (só lhe falta ter uma televisão só dele e ser presidente de um clube), pudesse, nem um ser humano trabalhava nas suas publicações. Carregava-se num botão que «vomitava» as notícias do dia seguinte, prescindindo de jornalistas, paginadores, revisores, etc. Uma espécie de «Bimby» das notícias.

A «piquena» grande líder

Por acção do sketch dos Gato Fedorento e, seguramente, por iniciativa da agência de comunicação que passou a trabalhar na S. Caetano à Lapa, Manuela Ferreira Leite deixou de dizer «piquenas» e médias empresas. O «ruído» era muito sempre que a senhora queria demonstrar o seu apreço pelas PME.

Partido Socialista, fala a Marta!

Quem foi muito bem tratada na revista de fim-de-semana do DN e do JN foi Marta Rebelo, docemente definida como «a beleza do socialismo». No sofá, não do psicólogo, mas do Hotel do Bairro Alto, a deputada e professora, deu-se a mostrar um pouco mais. Confessa-se fã da Barbarella, inveterada benfiquista e rejeita que a considerem a «imagem feminina do PS de Sócrates». A verdade é que a avaliar pela macia entrevista publicada em revista de vasta circulação está assegurado o trampolim para outros voos. Aliás, a menina também não precisa do apoio e simpatia do grande público. Ter padrinhos no curriculo como António Costa e Eduardo Cabrita, dá cá um jeitão! Vai um jantar que a «Barbie» morena do PS ainda chega a ministra?
PS: A «encomenda» foi tão perfeita que até o novo blog da mocinha (Babel) foi publicitado.