12 novembro, 2008
A TV que nunca sai da rotina
O «Telejornal» de hoje da RTP parecia o «Governo no país das maravilhas». No Minho, Sócrates a distribuir, com uma óptima cara, autógrafos à pequenada; enquanto, em Lisboa, a ministra da Saúde, ainda com dúvidas sobre o défice do SNS, foi ao hospital D. Estefânia para ofertar mais uns quantos «Magalhães», o computador que mais parece uma tostadeira. Qualquer semelhança com isto, só sintonizando o telejornal das 8 da RTP-Madeira ou da TV pública da Coreia do Norte.
Wonderful world
Organizações progressistas semearam a confusão durante o dia de hoje em Nova Iorque e Los Angeles, ao distribuírem mais de 1 milhão de uma falsa edição do «New York Times», dando conta, em manchete, do fim da guerra do Iraque e de que Bush tinha sido processado por alta traição. Porventura, uma edição «wishful thinking», mas que muitos de nós gostaríamos de ter entre mãos, para a História. Resta dizer que este jornal forjado vem com a data de 4 de Julho de...2009.
«Pérola» literária
Já anda pela FNAC esta «pérola», não do Atlântico, mas da literatura chamada «Madeira, Jardim há 30 anos». A autora é uma jornalista do Jornal da Madeira, curiosamente o jornal oficial do governo regional. Só li as gordas, mas a avaliar pelo que outros camaradas bloggers dizem, a coisa roça o panfletário.
A Paixão segundo o observador da Liga
O observador da Liga que avaliou a prestação de Bruno Paixão no Sporting-FC Porto, só pode ter sido acometido de um súbito desarranjo intestinal que o levou várias vezes à casa de banho do estádio de Alvalade. No relatório, divulgado pelo «Record», o dito observador só vislumbrou um penalty por marcar e qualificou de «bom» o trabalho do árbitro. Contudo, valha a verdade, este está longe de ser o maior problema do futebol português. A confrangedora situação financeira do Estrela da Amadora, e ao que parece também, de Setúbal e Belenenses, só para citar clubes do escalão maior, deviam merecer uma reflexão geral. O presidente da Liga, Hermínio Loureiro, diz que está a «trabalhar» para que estas situações não se repitam. Será que vai pagar do seu bolso os ordenados em atraso aos jogadores da Liga Sagres?
Amizades perigosas
É, desde a primeira hora, um dos maiores erros de casting deste Governo. Mas só porque é preciso preencher a quota do Banco Espírito Santo no Executivo é que Manuel Pinho foi um dos escolhidos. Obviamente que as suas amizades perigosas, desta feita com o responsável pela Autoridade da Concorrência, não são ilegais, como apressadamente veio defender Sócrates, mas são moralmente muito suspeitas. Por menos, na década de 80 e de 90, alguns ministros foram obrigados a abandonar o Governo quando «O Independente» expôs, na praça pública, situações pouco recomendáveis do ponto de vista ético-político. Pena que a imprensa esteja tão amorfa, alinhada e, pior do que isso, medrosa. Porventura, Sócrates já teria de ter substituído mais do que os quatro ministros que foi obrigado a remodelar.
Pela noite dentro
Durou 6 horas (das 21h até às 3 da matina) a audição parlamentar de Vitor Constâncio sobre o sórdido caso BPN. O Governador do banco central, de cabeça à roda, escrevinhou dezenas de folhas com questões colocadas pelos mais diversos grupos parlamentares. Paulo Portas, como quase sempre, foi o mais incisivo e mais bem preparado. Qualquer dia, sugere-se aos senhores deputados, que agendem para a madrugada o debate quinzenal com o senhor Primeiro-Ministro para ver a reacção do nosso «PM» à mudança de «fuso» horário.
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