06 outubro, 2009

«Muge a mexer»

A parafernália de cartazes e outros adereços sobre a campanha autárquica são um manancial de surpresas. Uma espécie de «Portugal no seu melhor». Então o da candidata do PSD à Junta de Freguesia de Muge é de bradar aos céus. «Muge a mexer», é o lema da senhora (será doutora?) Marília Viegas. Perante este marketing tão agressivo e especialmente ruidoso, não há criativo que resista.

Ganhei um apartamento novinho na Musgueira

O «tio» Balsemão anda um mãos largas. No 17.º aniversário da «sua» SIC decidiu oferecer um apartamento T3 na Alta de Lisboa, vulgo Musgueira - para os que não conhecem uma urbanização apregoada como se fosse de luxo, com prédios com acabamentos miseráveis e rodeado por bairros de realojamento, que recebem a visita quotidiana dos «Hill Stree Blues» das esquadras do Lumiar e Ameixoeira. Também liguei a tentar a minha sorte, mas a «taluda» acabou por ir para uma senhora de meia idade residente em Amarante, lá para os lados do Marão. «Eu não ma'credito», repetiu a senhora até à exaustão, como se não soubessemos que tinha sido avisada da boa estrela minutos antes pela produção do programa.

Ela regressará a pedido de toda a família

Scolari voltou a andar por aí e admitiu regressar a Portugal em 2010 caso o filho Fabrício ingresse numa universidade portuguesa. «Tenho um filho que termina o escolar (secundário) em Junho do próximo ano e deverá entrar numa universidade. Ele tem dois ou três projectos, na América, Inglaterra ou Portugal. Portugal é um dos projectos que passa pela cabeça do Fabrício para estudar», afirmou. Tese 1: Fabrício continua os estudos. Tese 2: o pai de Fabrício não vai treinar em Inglaterra porque saiu de lá queimado e dificilmente o fará nos Estados Unidos porque nos «states» futebol é modalidade praticado por meia dúzia de «esquimós». Logo, preparem-se, «Felipão» regressa para o ano com o bolso cheio do Uzebequistão e prontinho para os seus geniais e desconcertantes «mind games». Quem sabe para suceder a Queiroz?

Aprender com os gregos

Sou do tempo em que Portugal e Grécia estavam com a «lanterna vermelha» da União Europeia em vários indicadores. Passaram muitos anos e os gregos já nos ultrapassaram, já organizaram umas Olímpiadas e são muito menos burocráticos e formais na constituição do seu governo: o socialista Papandreu venceu as eleições no domingo e tomou hoje posse. A composição do seu executivo será conhecida em breve. Por cá, os partidos desmultiplicam-se em consultas com o PR até à indigitação do Primeiro-Ministro e o Presidente demora uns bons três meses desde que ganha as eleições até ao dia da posse.
A nossa Democracia é demasiado custosa para tão grande ineficácia.

A frase do dia

«A boca morre pelo peixe», Luís Filipe Vieira, em declarações sobre as críticas do presidente do Sporting, RTP-1, 6 Outubro 2009