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De resto, ao longo dos três dias, o secretário-geral do PS foi uma autêntica «pop star». Discursos com o indispensável teleponto, caminhou sempre rodeado por assessores e seguranças, só falou durante uns minutos aos jornalistas sobre o que lhe interessava - o recurso às novas tecnologias, numa clara colagem a Obama. Na apoteose, distribui beijinhos, aceitou solitações de admiradores (?) para tirar fotos e revelou-se um entendedor do novo «Sócrates Mobile». Do PS que passou do video, pese embora a emoção, já pouco ou nada resta. Nem ideologia fundadora, nem líderes com o carisma de Soares. O que existe, e para durar, é a marca Sócrates. E, tal como as marcas brancas em tempo de crise, são muito procuradas como alternativa ao vazio.