02 maio, 2010

Futegolf

É inusitado assistir a um jogo de futebol pela televisão e escutar uma estridente sinfonia de dezenas de petardos a estalar e o lançamento de dezenas de bolas de golf para o relvado. A polícia sabia há semanas da introdução destes objectos no estádio do Dragão, através da monitorização das redes sociais, e nada fez para impedir. Relativamente ao jogo propriamente dito, vencedor justo. A raiva move montanhas e até pouco importa se no fim da contenda se se estiver a comemorar o terceiro lugar e a exclusão da Liga das Campeões. Mas, sejamos justos, independentemente da cor todos os adeptos, os benfiquistas e os afectos ao segundo maior clube nacional, os anti-lampiões, reagem todas da mesma forma primitiva.

Tudo a andar

Este senhor da foto, para quem desconhece é o director-geral de saúde, não é propriamente um portento de simpatia, mas pelo menos defende valores válidos: quer ver os portugueses a mexer e defende que se ofereça às crianças trotinetas, triciclos e bicicletas. Para ler a entrevista ao «Ensino Magazine» de Abril.

Milhões para a bola

Portugal é um país com demasiados sinais contraditórios. Por um lado pedem que apertemos o cinto (haverá mais algum furo disponível') e por outro o Estado continua a meter-se em aventuras desnecessárias. Sabe-se que a RTP prepara-se para avançar com uma proposta à SportTV na ordem dos 20 milhões de euros para adquirir os direitos de transmissão dos jogos de futebol das duas próximas épocas. Uma loucura. Se o futebol é, bem entendido, o seguro de vida das audiências do canal do Estado é, ao mesmo tempo, pelo dinheiro dispendido, o seu seguro de morte. A tutela política, pelos vistos, está de acordo. Oportuna intervenção do porta-voz do PSD, Miguel Relvas, sobre esta matéria. Parece que na S. Caetano à Lapa se começa a comunicar melhor e sem ruído.

A frase do dia

«Não vendo o corpo, alugo a cama!», cartaz de uma manifestante da parada MayDay, realizada em Lisboa, que juntou pela primeira vez prostitutas, in «Correio da Manhã», 2 Maio 2010