01 maio, 2011

A idade da maturidade

É uma das nossas melhores vozes da actualidade. No Teatro Tivoli, a sua sala talismã, onde conheceu o seu «amor», António Pedro Cerdeira, há 11 meses atrás, a cantora Rita Guerra desfiou ao longo de 2 horas clássicos próprios e de outros músicos, alguns deles com dedicatória especial. Sempre ao piano, sempre em cumplicidade com o público. Os maiores «hits» de Richard Marx, Roberta Fleck, Pink Floyd e Rui Veloso, entre outros, foram alguns dos contemplados e até houve uma incursão por fados de Amália, em homenagem ao seu pai, presente na assistência. O Tivoli foi ontem um autêntico piano-bar, contudo, sem direito a copos, tendo Rita Guerra criado um clima intimista e de cumplicidade que não está ao alcance de todos os artistas. Uma verdadeira one woman show, na plenitude da sua maturidade artística. Setinha para cima.

Khadafi, duro de matar

O conflito na Líbia eterniza-se e aumentam as dúvidas sobre a missão da NATO em aniquilar Khadafi. O líder líbio escapou por pouco a um bombardeamento na noite de ontem, mas o seu filho mais novo e três dos seus natos acabaram por não resistir ao impacto da artilharia aliada. Especialista na arte da propaganda, o regime de Tripoli mostrou hoje os alegados restos mortais do filho de Khadafi, depois da oposição ter insinuado que o anúncio do falecimento dos familiares do presidente líbio tinha sido fabricado.

A fama que vem de longe

Há duas características no Primeiro-Ministro demissionário que se eternizam no tempo: a tendência para mentir e a sua boa aparência e classe para vestir. Ontem, no Porto, à entrada para uma acção do PS uma turista espanhola, ao ver o aparato, interpelou Sócrates, desconhecendo o seu estatuto aqui na Corte. Ficou espantada quando o próprio lhe disse que era o líder do governo, mas acto contínuo confessou a sua admiração pela sua beleza: «Usted es muy guapo!». Está bom de ver que a fama do charme de Sócrates já galgou fronteiras. Se o «despedirem» no próximo dia 5 de Junho, o «vendedor de aspiradores» pode tentar a sua sorte num qualquer país da Europa desesperadamente em busca um populista, bem falante e com bom ar.

A tal cassete

Concordo com Marcelo, quando o professor afirma que o bons resultados relativos do PS nas sondagens se devem ao facto de os socialistas andarem há mês e meio a repetirem todos os dias a mesma «cassete», enquanto o PSD prima pela descoordenação na estratégia comunicacional. A última de Catroga, defendendo que a «geração rasca» (sic) devia meter o governo Sócrates em tribunal e declarando que uma vez no poder os sociais-democratas não subiriam impostos, mas optariam por um reestruturação, sob a forma de «mix» de impostos, revela que a cadeia de comando não funciona na S. Caetano à Lapa. Por outro lado, o chefe da tribo do Rato ainda tem um rosto, José Sócrates.

A luta é uma alegria, mesmo em classe executiva

Os nossos «Homens da Luta» partiram hoje para Dusseldorf, onde dentro de duas semanas vão participar no EuroFestival da Canção, o que tal que já é do Atlântico aos Urais, tal é a miscelânea de países que aderiu ao certame. Uma espécie de «albergue espanhol» das cantigas. A avaliar pela imagem, Gel vai confiante e com muita fé num bom resultado. E se bem reparo, também parece que os nossos concorrentes viajam em executiva para a Alemanha. E o que é o povo diz sobre isto, pá?