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Pode parecer embirração, mas garanto que não é. Aliás, já tínhamos avisado. TSF, notíciário das 23h30. Um jovem e inexperiente locutor, como a esmagadora maioria dos que apresentam os boletins noticiosos das 21 horas em diante, diz aos microfones: «Para fechar, a habitual contabilidade da gripe A....». «Contabilidade» já era mau, agora empregar «habitual» é do pior que pode haver. Fica o reparo, ao cuidado do sempre atento director da rádio de informação.
Vai agitado o processo de elaboração das listas do PSD. A líder «pontapeou» para longe os «passistas», os «santanistas» e o que restava do «barrosismo», com a saída de Relvas e Sarmento, para além de ressuscitar as «velharias» em menos mau estado do museu cavaquista, a saber, Couto dos Santos e Deus Pinheiro. Mas a grande revelação é o regresso de Pacheco Pereira, encabeçando a lista por Santarém. Ou seja, salvo cataclismo, o historiador da Marmeleira, reassumirá o lugar de deputado que ocupou entre 1987 e 1999. Recorde-se que durante a sua passagem por S. Bento, ficou célebre a intenção de limitar a circulação de jornalistas no Parlamento. Agora, que a sua sanha persecutória contra os «escribas» do regime é maior, prevê-se muita confusão a partir da proxima legislatura. O que é curioso é que boa parte dos réditos mensais deste cavalheiro provêm de uma televisão, onde tem dois programas, e de uma revista, com uma artigo semanal. A ver se mantém estas colaborações quando for investido em funções parlamentares.
Quando oiço falar em Maria José Nogueira Pinto, lembro-me do que João Soares dizia, e presumo que continue a dizer, de Santana Lopes: tem mel. Quase que já colaborou e participou em iniciativas políticas de todos os partidos, PCP e BE excluídos. Basicamente quase todos consideram uma mais-valia contar com a sua presença num projecto político. Acontece que com tanto frenesim, a senhora acaba, muitas vezes, por entrar em contradição. Numa altura em que já declarou o seu apoio a António Costa na corrida à Câmara de Lisboa, aceita ser a segunda da lista do PSD, em Lisboa. Só não sei se quem a convidou, presume-se que Ferreira Leite, se lembrou que num hipótetico e não de todo improvável governo de coligação entre sociais-democratas e centristas como é que se vai operar a coabitação entre a Zézinha, titular pasta da saúde ou da educação, e o Rato Mickey...perdão, Paulo Portas.
Isaltino é o homem de quem se fala, mas não é, certamente, o único «bandido» à face da Terra. Diz o «Público Online» que Manuela Ferreira Leite insistiu com a distrital de Lisboa do PSD para incluir António Preto e Helena Lopes da Costa, deputados e arguidos em processos relacionados com crimezitos fiscais, falsificações e atribuição irregular de casas municipais (coisa de somenos), nas listas pela capital. Realmente é um mistério o «íman» que mantém sempre Preto, especialista em negócios nebulosos e também conhecido como «o homem da mala», colado à presidente do PSD. No fundo, Preto, cujos méritos se desconhecem, é o Dias Loureiro de Manuela. Tal como no anúncio da prevenção rodoviária, com ela, o Preto vai sempre atrás. Com companhias destas, um dia destes ainda rebenta uma «bomba» nas mãos da soturna senhora.
Quando soube da sentença do tribunal no caso Isaltino, uma dúvida assaltou-me o espírito: os magistrados de Sintra, Gondomar, Marco de Canavezes e Felgueiras administram a justiça com base em provas e no Código Penal ou com base em pressões? De uma absolvição, sem mais, para uma condenação de sete anos de prisão efectiva vai uma grande diferença de juizos. Se a sentença transitar em julgado, Isaltino poderá considerar-se uma espécie de Vale e Azevedo do Poder Local. Escolhido para o sacrifício, para servir de exemplo.