Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensarQue mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração “casinha dos pais”
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração “vou queixar-me pra quê?”
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração “eu já não posso mais!”
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Video «Que Parva que eu sou» - Coliseu do Porto - 23 Janeiro 2011: http://www.youtube.com/watch?v=f8lo82tXbWU
06 fevereiro, 2011
O triste fado da geração sub-30
As músicas de intervenção estão na moda. Os Deolinda inventaram mais uma «canção da crise» para protestar contra a situação. Além de apontarem o dedo ao trabalho precário e alertarem para a «geração sem remuneração», o grupo de Ana Bacalhau fala da crise e avisa que «isto está mal e vai continuar». A canção dos ‘Deolinda’ sobre a geração sem remuneração é um retrato deste país que condenou os portugueses sub-30, a geração que vive na casinha dos pais, a um desesperante desemprego, ou a trabalhos precários, biscates, estágios não remunerados num «mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar».
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