22 junho, 2012

O confisco segue dentro de momentos

«O mundo mudou», disse Sócrates até à exaustão. «O aumento significativo dos riscos e das incertezas», refere o Gasparzinho para explicar o descalabro. A verdade é que continuamos, desculpem a expressão, na merda. A execução orçamental falha, a receita fiscal derrapa, a meta de 4,5 por cento do défice é uma miragem. Sem ludibriar e sem mentir, o Gasparzinho fez uma espécie de «mea culpa» por ter contribuído para o esmagamento da economia nacional. O subsídio dos funcionários públicos e dos desgraçados pensionistas já foi confiscado, o dos privados virá a seguir. Não é preciso ser Zandiga ou a Maya.
O PS não tem motivos para abrir muito a boca, mas é inequívoco que estamos numa «espiral recessiva». Como estimou, de forma sábia e sem se comprometer, como convém, o secretário de Estado da Administração Pública, os subsídios serão «repostos logo que seja possível». Provavelmente numa manhã de nevoeiro cerrado, à espera de D. Sebastião, quer ele venha ou não.

A frase do dia

«Não é por medir a febre muitas vezes que ela baixa. Mas não havendo febre, parece ainda mais estranho que o PCP ande sempre de termómetro na mão...», Nilza Sena, deputada do PSD, durante debate sobre educação esta tarde no hemiciclo, virando-se para a deputada Rita Rato, do PCP - SIC-Notícias, 22 Junho 2012

A «besta negra» dos gregos

Dia completamente trágico para a Grécia. A selecção de futebol foi eliminada, sem surpresa, do Euro ao perder 4-2 com a Alemanha, que depois de «besta negra» política, também o é em termos futebolísticos. Merkel deu pulinhos de júbilo na tribuna do estádio de Gdansk. Do Euro os gregos já foram corridos, resta saber se se mantêm, pelo menos, na moeda. Por terras helénicas, o dia também não foi famoso. O novo governo entra com o pé esquerdo. O Primeiro-Ministro será operado amanhã a um deslocamento de retina e o ministro das Finanças, horas antes de tomar posse, foi levado para o hospital após desfalecimento. Tudo acontece aos desgraçados gregos.

Como uma força que ninguém pode parar


Ouvia hoje no convulso Forum da TSF que os cortes do Pepe e os golos de Ronaldo não fazem esquecer os cortes nos subsídios da função pública. Verdade. A Federação Portuguesa de Futebol também não se pode queixar. 13 milhões para os seus cofres. Até se dá ao luxo de fretar aviões de Lisboa para a Polónia e/ou Ucrânia com dezenas de convidados VIP. Malta influente, está bom de ver. O povo vê a bola nos sofás esfolados de casa ou dentro de uma praça de touros. Olé!

O boato do dia


«(Cristiano Ronaldo) Dedicou o golo ao seu filho dirigindo-se à câmara eufórico com um "Para ti", que se interpretou erradamente nas redes sociais como um "Me-ssi"», lido na imprensa digital espanhola