skip to main |
skip to sidebar
É um dos momentos da manifestação da geração à rasca que invade as ruas de Lisboa. Mão amiga fez-nos chegar este instântaneo de grande valor iconográfico. É o chamado jornalismo-cidadão. Para os mais pitosgas aqui fica a mensagem: «Fernanda Câncio e EU, o que temos em comum? Somos ambos f****** pelo Sócrates!».
A «Geração à rasca», que hoje faz a sua marcha a nível nacional, começou o dia a mimosear o grande chefe com pérolas destas no Facebook: "O Sócrates não tem o curso completo...Faltam-lhe 3 cadeiras: A... cadeira eléctrica, a cadeira de rodas e uma cadeira nos cornos!". Se o SIS vier ter comigo, nem sob tortura digo que fui eu que escrevi. I'm inocent. Foi apenas uma citação, como agora se diz.
Nem de propósito, venho do cinema Londres onde se projectou a estreia nacional do filme «Buried» (Enterrado). Um camionista americano é capturado por tropas rebeldes no Iraque e enfiado num caixão de madeira, em paradeiro desconhecido. O único meio de contactar com o exterior é um telemóvel, com pouca rede, que vai perdendo bateria à medida que os 90 minuto do filme se esgotam. Paul Conroy liga a meio mundo para ser salvo, mas quando tudo parece bem encaminhado, o imprevisto acontece. É de facto uma boa metáfora do estado actual do país. Enterrados. Com areia até ao pescoço e à espera que alguém nos resgate. Se não for pedir muito. Os que preferirem podem substituir o protagonista do filme pela figura do Primeiro-Ministro, para assim se sentirem muito mais aliviados do ponto de visto psicológico. A terapia vale bem a pena. Alerta-se que o filme não é aconselhável a pessoas com claustrofobia e horror a cobras e à escuridão.
Já parece uma sequela ao melhor estilo Rocky ou Rambo. O Governo lança o PEC IV, ao que parece sem dar cavaco ao próprio presidente e aos parceiros sociais. Passos Coelho diz que não viabiliza. A crise política parece iminente, apesar de Sócrates estar a fazer tudo para não lhe tirarem o tapete, nem à lei da bala. Cheira-me que vamos, muito em breve, a eleições dar uso ao Cartão do Cidãdão, a melhor invenção que há memória do socratismo.