11 novembro, 2010

Falsificação apalhaçada

As habilidades académicas não acontecem só em Portugal. O palhaço «Tiririca» deu, alegadamente, provas, perante o tribunal, que sabe ler e escrever, pelo que poderá ocupar o assento como deputado federal, valendo-se do milhão e meio de votos alcançados. Este camarada deve ter tirado um daqueles cursos rápidos que vem dentro da velhinha Farinha Amparo ou então deu um salto a Portugal para cursar um fast programa das «Novas Oportunidades» socráticas.

A frase do dia

«Confundir luva com bola é o mesmo que confundir toucinho com velocidade», Manuel Machado, treinador do V. Guimarães, referindo-se ao jogo com o Sporting, lembrando que o lance do segundo golo dos leões devia ter sido «anulado num primeiro momento por carga ao guarda-redes», TSF, 11 Novembro 2010

A Life on Facebook


Já tenho partilhado com algumas das pessoas que me são próximas que a lógica de funcionamento do Facebook pode ser comparada a uma casa muito mal frequentada, isto para ser polido, onde às escancaras todo os vizinhos do prédio ouvem as conversas alheias e espreitam pelo buraco da fechadura o regabofe de entra e sai naquela residência de utilização duvidosa. Na verdade, criámos um monstro, até lhe achamos piada. De facto, já não podemos viver sem ele, em casa, no trabalho, até através do telemóvel, mas será praticamente impossível exterminá-lo. Este vídeo é bem a prova de como estamos enredados na teia da geração Facebook.

A obsessão de Balsemão

Parece que a Impresa, de Pinto Balsemão, quer despedir cerca de 20 trabalhadores. Em tempo de crise, a acusação do Sindicato dos Jornalistas é forte. Não é que o grupo do Expresso, da SIC e da Visão esteja em situação económica difícil. Quer apenas fazer face a uma diminuição dos lucros. E com isso manda duas dezenas de pessoas para a rua, fazendo com que sejam os contribuintes a arcar com as quebras na publicidade do grupo do Dr. Balsemão.
A obsessão do ex-primeiro-ministro com os lucros da publicidade é, aliás, antiga...
Há uns anos, com Carlos Barbosa - que antes de se ir exibir para a direcção do Automóvel Clube de Portugal, foi dono do Correio da Manhã -, e mais uma vez em nome do lucro, deram uma forte machadada na saúde dos jornalistas. Os dois patrões resolveram então acabar com o 1% de publicidade que as empresas de comunicação entregavam à Caixa dos Jornalistas, ajudando a descapitalizar a dita – que entretanto Sócrates encerrou.
Esquecem-se que quem lhe ganha as massas da publicidade é o trabalho dos jornalistas (e não só) mas quem fica com os lucros da dita tem de ser o patrão.

Morreu o «senhor do adeus»

João Serra, ou simplesmente o «senhor do adeus», morreu ontem aos 80 anos. Quem vive em Lisboa, cruzou-se, certamente com esta personagem que todas as noites vinha para as principais artérias da capital, nomeadamente na zona do Saldanha, acenar aos automóveis que passavam.
Pode parecer idiota, mas as cidades também são feitas destes aparentemente tontinhos. A avaliar por este blog o «senhor do adeus» possuía uma cultura cinéfila invejável. Já não peço um nome de rua, mas será que António Costa tem arte e engenho para erigir uma estátua simbólica de homenagem a João Serra no Saldanha?