23 janeiro, 2011

«O presidente do povo»

O «Presidente do povo» e agora imbuído de uma «magistratura actuante» foi reeleito para mais cinco anos. Em jeito de balanço, está tudo na mesma no cavaquismo e com Cavaco na presidência. Os «cromos» sentados nas primeiras filas do CCB são os de sempre. Até Rui Ochôa, já despedido do «Expresso», continua a ser o fotógrafo pessoal do Presidente.
Quanto aos outros políticos a concurso, Alegre vai definitivamente «exilar-se» no seu universo poético. Nobre, a criatura, superou as expectativas do seu criador, Mário Soares,o grande vencedor das noite. Francisco Lopes teve o resultado do costume para os comunistas. Uma promessa na renovação na Soeiro Pereira Gomes. O «tiririca» José Manuel Coelho deve ter dado mais um susto ao coração de um ainda convalescente Jardim, tendo cometido a proeza de ter vencido Funchal. Finalmente, o «Pitbull» Defensor de Moura assumiu-se como um candidato de terra queimada e de cariz regional, mas que nem no seu concelho ganhou. Não conta para o Totobola. Sócrates sofreu mais uma derrota, mas continua a andar por aí. E promete resistir.
That’s all folks!

PS: A posse presidencial é apenas a 9 de Março. Apetecia perguntar porque são necessárias 7 semanas para empossar um presidente reeleito.

A sentença de Rio

Rui Rio tem toda a razão: «As campanhas eleitorais não servem para nada». Se ele chegar, como eu espero, a primeiro-ministro é capaz de mexer os cordelinhos para acabar com elas. Abrunhosa diz que o presidente da Câmara do Porto é o Salazar dos tempos modernos, mas o povinho está saudoso dos líderes do antigo regime. Vai uma aposta?

Slogan de campanha de marketing

«O Cartão do Cidadão é amigo da abstenção», lido no blog Albergue Espanhol, 23 Janeiro 2011

Explicações para o «crash» informático

Nuno Godinho de Matos, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), não tem explicação para o «crash» informático no acto eleitoral que inclusive pode viciar o resultado eleitoral. Argumenta o também causídico que as falhas registadas podem ser comparadas a uma falha do sistema quando vamos a um banco actualizar uma conta. Sem comentários. Sugiro que a partir de agora este senhor comunique a posição da CNE através de respostas escritas por e-mail. Quanto mais fala, mais se enterra.

Médico a pensar na morte

Fernando Nobre é, realmente, um candidato a evitar e que não oferece muita margem de confiança. Esta semana quase suplicou para lhe darem um tiro na cabeça e hoje, quando questionado se seria candidato em 2016, afirmou não saber se estaria vivo nessa altura.

Não há CU

O Primeiro-Ministro chegou de carro eléctrico ao stand automóvel onde costuma votar, mas nas mesas de voto não há máquinas de leitura do cartão do cidadão ou cartão único (CU), onde constam os números de eleitores dos cidadãos. Isto já para não falar do «apagão» do sistema em várias freguesias e da exasperante lentidão dos sites oficiais do MAI e do Ministério da Justiça de esclarecimento dos eleitores. O «simplex» é assim, muito bonito, mas de vez em quando fica um bocado «complicadex».

E agora para algo completamente diferente...

Como votar em branco e em «tiriricas» de ocasião que já esgotaram os seus 15 minutos de fama não é grande solução, decide «botar» a cruz em algo completamente diferente. A coerência é um valor muito nobre. Não necessariamente no apelido.