Manuel Pinho reconheceu hoje no Parlamento manter «negócios» com Manuel Sebastião, o presidente da Autoridade da Concorrência que o Ministro da Economia, curiosamente,nomeou. Negócios, mas com transparência, sublinhou Pinho. Adoramos estes políticos que nos atiram com a sua impoluta moral e ética para justificar o injustificável.
18 novembro, 2008
Dialogar rumo ao «pântano»
O Governo Sócrates aproxima-se, súbita e vertiginosamente, da imagem do Governo Guterres: muito diálogo, eminentes cedências. Pelo que emerge, o PR terá feito pressão para que o Ministério da Educação revele mais tolerância e maleabilidade nas negociações com os sindicatos dos professores. O recuo está por um fio. Uma lição, contudo, devia ter ficado do guterrismo: quem muito dialoga, acaba como sabemos...no «pântano».
PS: Se Maria Lurdes Rodrigues reagisse de forma menos crispada com os jornalistas, por muito patetas que estes por vezes são, talvez fizesse mais amigos. A «Milu» está a precisar de umas aulas de comunicação mediática com o ministro parlamentar, Augusto. O S.S. para os amigos.
PS: Se Maria Lurdes Rodrigues reagisse de forma menos crispada com os jornalistas, por muito patetas que estes por vezes são, talvez fizesse mais amigos. A «Milu» está a precisar de umas aulas de comunicação mediática com o ministro parlamentar, Augusto. O S.S. para os amigos.
O melhor do pior
Diz o britânico Financial Times que o «nosso» ministro das Finanças é o pior de todos ministros desta área da União Europeia. Que decepção. Sempre achei que Teixeira dos Santos era o mais competente da equipa socrática e que tem salvo o primeiro-ministro de muitos dissabores. O melhor mesmo é que outros jornais estrangeiros nem pensem em avaliar os outros ministros portugueses. Se eles sabem que o Pinho, Lino e o Jaime ainda cá moram...
Miguel & Zé
Já ninguém suporta o programa e a pose da «doutora» Fátima. O que dantes era um programa respeitado e que se dava ao respeito, equilibrado e com convidados minimamente independentes, tornou-se, por pressão política, alinhado, transformando-se numa espécie de mini-Parlamento. Com as audiências a descer, a ilustre «pivot», que ainda não tirou da cabeça que ela é mais importante que o «Prós & Contras», sacou da manga dois garantes de bons resultados televisivos pelo nível linguístico que costumam empregar: José Sá Fernandes, o «Zé», para os amigos e Miguel Sousa Tavares, o «Miguel», para os íntimos. A Casa do Artista, em Carnide, foi, por uma noite, um mini-mercado do Bolhão. Ninguém percebeu nada da história dos contentores de Alcântara mas, pelo menos, falou-se em alta voz.
Acabou a brincadeira, passa para cá o «Magalhães», puto!
O Governo em peso continua a distribuir as afamadas tostadeiras «Magalhães» um pouco por todo o País. Dizem as gazetas, que o «chefe» esteve no Minho e entregou 250 portáteis aos cachopos. Mas, afinal, era tudo a brincar. No fim da encenação, os ditos aparelhos tiveram de ser devolvidos porque era tudo só para a fotografia.
O lugar do morto
Os almoços do American Club começam a ganhar fama de perigosos. Há uns tempos foi Mário Lino a falar do «deserto» chamado Margem Sul e hoje foi a líder da oposição a alvitrar que para se fazer uma reforma do sistema de justiça, talvez fosse «bom haver seis meses sem democracia», para «pôr tudo na ordem». Assim, curta e grossa. Manuela não tem, de facto, emenda. Enliou-se em mais um «rodriguinho» retórico e o «sistema» cai-lhe logo em cima. Sem piedade. Erro maior cometeu a ministra da Saúde ao afirmar que desconhece o défice do sector. Mas os tiros nos pés do PSD são mais empolados do que os dos membros do Governo. Para aumentar a «sepultura», política, claro está, da senhora apareceu Menezes a falar de um...morto: «Sá Carneiro deve dar voltas no túmulo ao ver o partido que fundou defender que a democracia deve ser suspensa», disse o homem de Gaia. De facto, assim, torna-se fácil para o governo liderar as sondagens, por muito desgastado que esteja. Na S. Caetano à Lapa, há muito que o presidente do partido se tornou um «morto-vivo» no qual poucos acreditam.
A frase do dia
«São reformas que estão definidas há 30 anos, o Governo tem anunciado a intenção de conseguir resultados, mas em praticamente nenhum destes domínios a mudança foi concluída», João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Agência Lusa, 18 Novembro 2008
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